Gestão de stress

Em sala de aula, estudantes e docentes deparam-se com desafios académicos diversos. O stress, enquanto resposta natural a esses desafios, pode comportar efeitos adversos no desempenho e na aprendizagem. O ato de ensinar é inerentemente uma atividade emocional, requerendo dos/as docentes sensibilidade e compreensão sobre como gerir e regular as emoções. Esta capacidade é crucial para facilitar e promover interações interpessoais, assim como para gerir conflitos inerentes à dinâmica docente-estudante[s] e entre os próprios estudantes, sem esquecer que a presença de emoções positivas durante as aulas está associada a um maior envolvimento dos/as estudantes e maior desempenho académico.

Para os estudantes

Sabe-se atualmente que o desempenho académico dos/as estudantes é comprometido por altos níveis de stress, pois a presença de emoções negativas está associada a um menor envolvimento, possivelmente menor desempenho académico. A gestão do stress em contexto de sala de aula constitui atualmente uma dimensão importante para o desempenho académico e o bem-estar emocional de estudantes e docentes.

A promoção de um ambiente propício à aprendizagem depende da mitigação do stress. Para isso, contribuem estratégias pedagógicas diversas:

• ­ Incentivo da resiliência e da colaboração
• ­ Suporte emocional
• ­ Desenvolvimento de técnicas de gestão de tempo e organização
• ­ Ensino de técnicas para os estudantes lidarem com as exigências do currículo
• ­ Criação de momentos de pausa e reflexão durante as aulas
• ­ Implementação de um ambiente promotor da autonomia dos/as estudantes
• ­ Nutrição de uma intrínseca vontade de aprender

Para os docentes

Estudos sobre o trabalho docente mostram a existência de diversos desafios enfrentados por este grupo profissional, destacando-se, entre eles, a sobrecarga ocupacional decorrente das responsabilidades associadas ao ensino, investigação e cargos de liderança. Essa sobrecarga pode conduzir a stress, sendo uma ameaça substancial à saúde física e mental, podendo eventualmente comprometer a qualidade do ensino.

O desenvolvimento da inteligência emocional possibilita a gestão das próprias emoções e a abordagem adequada das emoções dos/as estudantes. É, por isso, de grande importância desenvolver competências que capacitam o/a docente a articular, identificar, compreender e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos/as estudantes.

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