Aprendizagem cooperativa

Um contexto pedagógico permeado por um clima de confiança e de apoio é mais propício à aprendizagem, quando comparado com um clima competitivo e individualizado. Por isso, a aprendizagem cooperativa emerge como uma componente essencial da dinâmica pedagógica, sobretudo na interação entre estudantes. A interdependência positiva, estimula e facilita esforços conjuntos para a promoção da aprendizagem, sendo a base da aprendizagem cooperativa.

As cinco características específicas da aprendizagem cooperativa, para Johnson & Johnson (1999), são a seguir apresentadas.

1. Interdependência positiva
   Considerada a característica mais relevante da aprendizagem cooperativa, dado que o sucesso de um/a estudante depende do sucesso de outros/as estudantes.
2. Responsabilidade individual
3. Interação presencial
   A implementação da aprendizagem cooperativa, delineada como uma estratégia de ensino-aprendizagem que fomenta a colaboração entre estudantes na consecução de um objetivo comum, propicia a interação entre estudantes, apresentando impactos significativos na melhoria dos resultados de aprendizagem. Contudo, se os/as estudantes formarem grupos hostis entre si e resistirem à cooperação, o clima geral será stressante e a qualidade da aprendizagem poderá diminuir. Esse clima de hostilidade e resistência à cooperação dificulta o desenvolvimento de relações positivas entre os/as estudantes, o que, por sua vez, compromete a cooperação e a motivação para aprender.
4. Desenvolvimento de competências interpessoais
   A aprendizagem cooperativa, conforme defendido por Johnson et al. (1998), promove a interação social e estimula a aquisição de conhecimento. Assim, a integração dessa abordagem no quotidiano da sala de aula oferece oportunidades para que os/as estudantes desenvolvam competências sociais e consolidem os conteúdos programáticos aprendidos.
5. Avaliação contínua do processo

• Dörnyei, Z., & Muir, C. (2019). Creating a motivating classroom environment. Second handbook of English language teaching, 719-736.
• Johnson, David W., Roger T. Johnson, and Karl A. Smith. (1998). "Cooperative learning returns to college: What evidence is there that it works?." CHANGE-NEW ROCHELLE- 30 26-35.
• Johnson, D. W., & Johnson, R. T. (1999). Making cooperative learning work. Theory into practice, 38(2), 67-73.
• Remião, F., & Veiga, A. (2022). As aulas invertidas e o desenvolvimento da cooperação como uma competência em ciências farmacêuticas. In CNaPPES 2022: 8º Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior
• Santos, P. J. (2023). Diferenciação de classificações individuais em trabalhos de grupo. In CNaPPES 2022: 8º Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior