Heterotopias Visuais | O Revelar do Rizoma Urbano

Vivemos numa era onde as vertigens tecnológicas da comunicação preconizam um quadro de inchaço visual que delineia uma dicotomia da contemporaneidade: o êxtase imagético proporciona-nos o dom da ubiquidade e da nitidez excessiva, ao mesmo tempo que esteriliza a nossa experiência real do espaço e a própria conceção que dele temos.

ISBN-13: 978-989-53268-5-3

Detalhes do livro:

Título: Heterotopias Visuais | O Revelar do Rizoma Urbano
Autor(es): Diana Aires Senra
Preço: 15€ 13.5€
Ano: December, 2021
Edição: 1.ª
Editora: Scopio Editions, U.Porto Press
Coleção: Arquitetura, Arte e Utopia – U. PORTO Alumni Little Books
ISBN-13: 978-989-53268-5-3
Dimensões: 192 mm x 143 mm x 9 mm
Número de páginas: 42
Peso: 81 g
Tipo de Capa: Mole
Categoria: Arquitetura e Planeamento Urbano, Arte

Descrição

Vivemos numa era onde as vertigens tecnológicas da comunicação preconizam um quadro de inchaço visual que delineia uma dicotomia da contemporaneidade: o êxtase imagético proporciona-nos o dom da ubiquidade e da nitidez excessiva, ao mesmo tempo que esteriliza a nossa experiência real do espaço e a própria conceção que dele temos.
A cidade e seus usuários sofrem uma reconfiguração; essa agora é permeada por cyborgs que são ajustados para caminhar focados nas extensões patéticas de seus corpos, o que lhes retira a experiência direta com o espaço de arquitetura. A arquitetura, por sua vez, tenta se encaixar nos padrões visuais e tecnológicos, configurando-se e reproduzindo-se de forma líquida e assim intensificando ainda mais a narcotização das retinas e a patologia dos sentidos do cidadão. Este contexto contemporâneo, reflete-se diretamente nos usuários da cidade, ou seja, na compreensão que o indivíduo tem do seu próprio habitat. Isto porque a arquitetura dialoga com o mundo através do corpo humano, sua atmosfera toca os corpos móveis e estes traduzem, por meio da cinestesia, o que ela, na condição de corpo imóvel, não consegue: para que tudo isso possa acontecer o choque entre os corpos é necessário. É a partir deste contacto que podemos construir um território paralelo e rizomático, imagético e anagramático, onde recortamos, unimos e sobrepomos informações, experiências, sensações, projetando inúmeras hipóteses de significações, projetando inúmeras heterotopias visuais.
(…) Todo este contexto e problemáticas levou a investigação a procurar uma representação imagética do espaço urbano e arquitetónico capaz de torná-lo presente e inteligível. Deste modo, surge a vontade de dar corpo a uma narrativa visual enquanto fanzine, sendo esta publicação alternativa o resultado de um questionamento pessoal acerca do espaço de cidade com o qual comunicamos e interagimos por meio dos sentidos, os quais nos influenciam e consequentemente nos tornam participantes ativos da vida das cidades. A intenção da Zine é assim de direcionar os leitores à auto-reflexão e à construção de um olhar mais atento e crítico, levando-o a compreender os espaços de uma forma menos superficial, e encorajando-o a ter uma experiência mais real do espaço de arquitetura.

HETEROTOPIAS VISUAIS | O REVELAR DO RIZOMA URBANO

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