“João Martins e Silva, Porto: a epidemia de 1899. Circunstâncias e Consequências”


Ler mais em https://journals.openedition.org/lerhistoria/12363


A problemática relacionada com o surto de peste bubónica que surgiu no Porto em 1899 ganhou um novo contributo com a publicação do livro de João Martins e Silva, médico, investigador e professor catedrático aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Obra de profunda investigação em torno da patologia sustentada na infeção pela bactéria designada de
Yersinia pestis, este livro configura-se como incontornável na história da saúde pública em Portugal, tanto pela sistematização epidemiológica global como pelo enquadramento histórico em diversas vertentes. A peste de 1899 observada no Porto tornou-se um acontecimento referencial por múltiplas razões ainda muito vivas no imaginário portuense, pelo que tem suscitado abordagens e revisitações diversas, algumas recentes. Acrescentando informação e interpretação ao estado da arte, o presente livro, acabado de redigir durante a recente pandemia de COVID-19, ganha ainda mais oportunidade, pois guia-nos numa visita ao passado relativamente próximo de uma vivência epidémica na qual é possível ver posições, comportamentos e atitudes de insegurança e de medo perante um fenómeno indesejado e ameaçador com potencial de alastramento na mortalidade, mas também de turbulência e de revolta na reação a algumas das medidas de controlo e prevenção então aplicadas, consideradas autoritárias, ineficazes e obsoletas, com um potencial de efeitos económicos e sociais devastadores.

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Em suma: a epidemia pode considerar-se um fenómeno total, pois suscita efeitos aos mais variados níveis da vida quotidiana, dos materiais aos culturais e científicos. Neste quadro, o livro de J. Martins e Silva responde, por inteiro e de forma inovadora, aos desafios que o objeto de estudo coloca. Resultando de uma investigação com preocupação caleidoscópica, que enquadra a observação do surto epidémico dos pontos de vista clínico, administrativo, político, económico, social, demográfico e comunicacional, mas assegura também um enquadramento do fenómeno em várias escalas – local, nacional e global –, a obra em referência torna-se incontornável para diversos domínios do saber e ganha transcendência atual na medida em que apresenta modelos de comportamento humano que se revelam cíclicos em contextos afins ao tema investigado.

Jorge Fernandes Alves
CITCEM, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Portugal

Ler o texto integral na revista Ler História



Book Review – Porto: The 1899 Plague Epidemic – Circumstances and Consequences


Ler mais em https://www.karger.com/pjp/article/doi/10.1159/000530457/843904/Book-Review?searchresult=1

As the name suggests, this work by João Martins e Silva, a retired Full Professor of the Faculty of Medicine of the University of Lisbon, and its former director, has as its main objective the detailed study – determinants, context, evolutionary process, responses, and consequences – of the bubonic plague epidemic that took place in the city of Porto in the last half of 1899. But, in fact, this work is much more than that.

It is a detailed, well-documented, and informative account of the history of the great “pestilences” – the great threats to Public Health – from antiquity to the end of the 19th century, in search of manifestations of what is recognized as plague epidemics: a wave of people who become seriously ill in a community, with swellings in the lymph nodes, particularly in the groin, but also in the armpits – the “buboes” – preceded by the appearance of a substantial quantity of dead rats, in that same community (greatly simplifying).

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The lessons that this work by João Martins e Silva provides are multiple, especially at a time when the country and the world still have vivid memories of the most critical periods of the COVID-19 pandemic, as the author acknowledges. It is about knowing how, in a serious and sudden threat to Public Health, science, medical and public health practices, the attitudes and behavior of the population, the state institutions, and the political power interact. And how important is the need to improve the relationship between rapidly evolving knowledge production and political decisions in the response to the pandemic, the strengthening and requalification of public health units in the country and the National Health Service as a whole, the continuous empowerment of people to make informed, intelligent decisions about their own health.

Constantino Sakellarides, Lisbon

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PÚBLICO/P3 – “U.Porto e scopio Editions lançam livro que imagina as “cidades do futuro”

17/06/20
Ler mais em https://www.publico.pt/2020/06/17/p3/noticia/uporto-scopio-editions-lancam-livro-imagina-cidades-futuro-1920877

 

A U.Porto e a scopio Editions anunciaram esta quarta-feira o lançamento de “uma obra repleta de imagens e reflexões sobre as cidades do futuro” e a realização, este ano, da segunda edição do Concurso Internacional de Desenho e Fotografia.

O livro DPIc: Arquitetura, Arte e Imagem – UTOPIA 500, que já se encontra disponível, é “o resultado do Concurso Internacional de Desenho e Fotografia de 2016 e visa, através de imagens e reflexões textuais, vislumbrar a visão utópica da cidade nas perspectivas de estudantes, investigadores e artistas”, esclarece a Universidade do Porto.

A iniciativa, quer do concurso, quer da publicação, nasce de uma colaboração entre o Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU), da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e o Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies (CETAPS) – Porto, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Deste modo, os projectos Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) e UTOPIA 500 fundem-se na iniciativa de “promover uma compreensão da imagem e do seu uso enquanto método e meio de representação, de entendimento e de interacção com diversos espaços nos campos da arquitectura, cidade e território” e “disseminar a noção de utopia como motor de mudança social, inspiração e inovação”, refere Maria Neto, uma das autoras do livro e investigadora do CEAU-FAUP.

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Por Lusa

Ler o artigo completo original no Público/P3


JPN – “Editora da UP renova nome, imagem e site”


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Apesar de renovada, a U.Porto Press mantém a missão: disseminar conhecimento científico. O JPN esteve à conversa com a vice-reitora da UP para a Cultura, Fátima Vieira.

A editora da Universidade do Porto (UP) tem cara renovada desde esta segunda-feira (11) e passou também a disponibilizar novamente o serviço de encomendas online. Agora intitulada de U.Porto Press, a editora tem a missão de divulgar o conhecimento produzido na academia e não só. Ao JPN, a vice-reitora da Universidade do Porto para a Cultura, Fátima Vieira, ressalva a importância do conhecimento científico em época de pandemia.

Fátima Vieira acredita que o papel de uma editora, “ainda para mais uma editora académica, sai reforçado desta crise”. “Nunca vimos tantos cientistas na televisão nem nunca lemos tantos artigos de jornal com filósofos, com gente ligada à literatura e à cultura para uma análise política, sociológica ou filosófica, por exemplo, como está a acontecer agora”, justifica.

Apesar de se tratar de uma editora académica, o público da U.Porto Press não se limita à comunidade académica. Com nove coleções, Fátima Vieira destaca a coleção “Fora de Série”, especialmente pensada para o público em geral, explica.

Com o objetivo de disseminar o conhecimento científico na comunidade e de o tornar acessível a não especialistas, as publicações da U.Porto Press têm a função não de simplificar o saber, mas antes de o contextualizar. “Não se trata de uma simplificação no sentido negativo, mas, pelo contrário, da disseminação de um enquadramento histórico e da promoção de uma reflexão sobre a utilidade de algumas descobertas”, sustenta.

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Por Daniela Carmo / Editado por Filipa Silva

Ler o artigo completo original em JornalismoPortoNet