A Crise da Europa

Que diria hoje Abel Salazar do espírito humano e da humanidade? E da Europa e da sua crise? E da sua impotência e (in)vontade de se resolver a si própria, às crises que a consomem e cercam e aos dramas humanitários que a povoam? (…)

Nada se diminui ou retira ao interesse histórico ou mesmo ao estímulo intelectual que A Crise da Europa encerra, nomeadamente pelas reflexões decorrentes das leituras, caracterizações e interpretações propostas por A. Salazar. Da mesma forma se mantém a valorização da prosa e da sua estética formal, espelho da erudição e do ecletismo de Abel Salazar que, uma vez mais, inscreve a tensão da angústia da compreensão do Homem e do Universo que sempre transportou.  – Maria Fernanda Rollo (Prefácio)

ISBN-13: 978-989-746-364-8

Detalhes do livro:

Título: A Crise da Europa
Autor(es): Abel Salazar
Preço: 22€ 19.8€
Ano: November, 2023
Edição: 2.ª
Editora: Casa-Museu Abel Salazar, U.Porto Press
Coleção: Pensamento, Arte e Ciência
ISBN-13: 978-989-746-364-8
Dimensões: 11 mm x 240 mm x 170 mm
Número de páginas: 147
Peso: 344 g
Língua: Português
Tipo de Capa: Mole
Categoria: Arte > Artistas Individuais, Literatura e Cultura

Descrição

Que diria hoje Abel Salazar do espírito humano e da humanidade? E da Europa e da sua crise? E da sua impotência e (in)vontade de se resolver a si própria, às crises que a consomem e cercam e aos dramas humanitários que a povoam?

A persistência dos paradoxos, e mais ainda, dos chocantes absurdos imperam agora, sobrepondo-se, dominando. E a Europa, passou do paradoxo da diversidade e do compromisso que parecia ter encontrado nas últimas décadas para se constituir a si mesma um paradoxo. Até quando? Por quanto tempo?

Abel Salazar publica A Crise da Europa no início da década de 40 do século XX. Em plena II Guerra Mundial e significativamente incluído na Biblioteca Cosmos dirigida por Bento de Jesus Caraça. Não é, com certeza, dos seus textos mais afamados; nem encontrou, tão pouco, expressivo acolhimento público. As razões do relativo desinteresse apontadas por Norberto Ferreira Cunha, sem dúvida o mais eminente estudioso e conhecedor da vida e obra de Abel Salazar, levam-no a considerar ‘A Crise da Europa uma obra que, pela predisposição psicológica do contexto em que apareceu e pela sua fragilidade factológica e epistemológica, não só não beliscava, seriamente, a ditadura e os seus esteios ideológicos, mas estava mesmo longe de satisfazer os arraiais da oposição’.

Mesmo ponderando a intenção da composição de um texto suficientemente hermético, ou codificado, para escapar à lupa repressiva e censória do Estado Novo, o que resultou patenteia na verdade a vulnerabilidade da interpretação sistémica, de ambição universalista, advogada neste contexto por A. Salazar. E mais não será necessário adiantar quanto à formulação proposta de ambição explicativa de toda a mecânica da história, organicista e evolucionista.

Nada se diminui ou retira ao interesse histórico ou mesmo ao estímulo intelectual que A Crise da Europa encerra, nomeadamente pelas reflexões decorrentes das leituras, caracterizações e interpretações propostas por A. Salazar. Da mesma forma se mantém a valorização da prosa e da sua estética formal, espelho da erudição e do ecletismo de Abel Salazar que, uma vez mais, inscreve a tensão da angústia da compreensão do Homem e do Universo que sempre transportou.  – Maria Fernanda Rollo (Prefácio)

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