Artigo Científico: Impacto psicológico do confinamento pela COVID-19 em jovens espanhóis: um estudo transversal

Artigo Científico: Impacto psicológico do confinamento pela COVID-19 em jovens espanhóis: um estudo transversal

A edição de Setembro da Revista de Psicologia Clínica com Crianças e Adolescentes, da Aitana Investigación, conta com 12 artigos que abordam o tema da Covid-19 e o impacto que ela teve nos jovens. Este é o segundo dos três desses estudos que selecionamos para partilhar convosco.

Os autores são Nieves Erades & Alexandra Morales, da Universidade Miguel Hernãndez.

Resumo

O confinamento pela COVID-19 e o stresse a ele associado podem afetar o bem-estar das crianças. Devido à novidade desta situação, os estudos relacionados são ainda limitados.

O objetivo principal deste trabalho foi descrever em que medida a situação de confinamento afetou as crianças e os seus comportamentos, problemas de sono e bem-estar emocional. Um segundo objetivo foi identificar variáveis ​​de proteção que possam servir para amenizar possíveis efeitos negativos da situação nas crianças. Um terceiro objetivo foi estudar uma possível relação entre a perceção dos pais sobre a gravidade e controlabilidade das reações negativas dos filhos.

A amostra é constituída por 113 participantes espanhóis (70,5% mulheres) com filhos entre 3 e 12 anos (51,8% crianças).

Os pais responderam a um questionário online sobre as rotinas dos seus filhos durante a quarentena, o seu bem-estar emocional, problemas de sono e o seu comportamento. 69,6% dos pais relataram que, durante o confinamento, os filhos apresentaram reações emocionais negativas, 31,3% problemas de sono e 24,1% problemas de conduta.

Crianças que despenderam menos tempo em exercícios físicos e fizeram mais uso de ecrãs apresentaram um maior número de reações negativas. Filhos de pais que faziam maior uso de medidas de segurança apresentaram menos reações negativas.

A perceção de risco e a gravidade da situação devido à COVID-19 não tiveram relação com as reações das crianças. Os dados sugerem que o exercício físico regular e a limitação do uso diário de ecrãs podem beneficiar a saúde mental das crianças em situações de isolamento.

Para ler o artigo na integra clique sobre a imagem.

+ Evolução do estado psicológico e o medo na infância e adolescência durante o confinamento pela COVI-19

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