Lançamento de “Contradanças e Quadrilhas Durienses: Um Projeto de recolha e divulgação do NEFUP”

Lançamento de “Contradanças e Quadrilhas Durienses: Um Projeto de recolha e divulgação do NEFUP”

Contradanças e Quadrilhas Durienses: Um Projeto de recolha e divulgação do NEFUP, a mais recente novidade editorial da U.Porto Press, resulta do trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto (NEFUP) no sentido de dar a conhecer e salvaguardar o património destas danças que ainda sobrevivem na região.

O lançamento deste título decorrerá sábado, 10 de julho, pelas 18h00, no Pátio do Museu de História Natural e da Ciência da Ciência da Universidade do Porto (Edifício Histórico da Reitoria).
entrada é livremas sujeita a inscrição prévia para o endereço [email protected].

Catarina Costa e Silva, investigadora em dança antiga, e José Alberto Sardinha, investigador de música tradicional, farão a apresentação desta obra.
A sessão será, também, pontuada por momentos musicais a cargo da tocata do NEFUP.

Segundo Catarina Costa e Silva, “O projeto Contradanças e Quadrilhas Durienses constitui uma dessas tarefas que se revestem de uma importância cultural e social incomensurável que, baseada na recolha in loco, na auscultação de testemunhos, no registo de repertório, na importante missão de conectar indivíduos e grupos, contextualiza, atualiza e combate o desvanecer de uma memória coletiva”.


SOBRE A OBRA

Contradanças e Quadrilhas Durienses: Um projeto de recolha e divulgação do NEFUP foi organizado no âmbito do projeto “As contradanças e quadrilhas enquanto património cultural imaterial da região duriense”, desenvolvido pelo NEFUP, com o apoio do programa EDP Tradições – 3.ª edição, entre 2019 e 2020. O projeto envolveu grupos formais e informais dos concelhos de Baião, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende (com extensões a Arouca) e incluiu, ainda, a publicação de um sítio em linha (www.contradancasequadrilhasnefup.net) e do CD Contradanças e Quadrilhas Durienses, bem como a produção do documentário Quem Manda Sou Eu!, de Vasco André dos Santos.

Depois de uma breve resenha histórica sobre a origem e a evolução das contradanças e quadrilhas na Europa, o livro faz uma análise dos depoimentos dos marcadores de contradanças e quadrilhas e de outros informadores entrevistados durante o projeto e levanta algumas questões relativas ao processo de fixação destas danças na região, pondo em diálogo visões diversas ou mesmo contraditórias e problematizando as características intrínsecas que as fazem correr o risco de desaparecimento: a obrigatoriedade de conhecimento do campo lexical de mandos por parte de todos os dançadores e o caráter repentista dos mandos dos diferentes marcadores. É, também, feita uma análise global das estruturas e figuras coreográficas observadas nos registos efetuados durante o projeto, complementada pela sistematização, registo a registo, dos diferentes passos, figuras e mandos, por ordem crescente de complexidade. O último capítulo integra transcrições para partituras das melodias recolhidas durante o projeto.

Assim, para além de divulgar estas danças, o livro constitui, também, um instrumento de trabalho para quem as queira tocar, dançar, mandar e, talvez, reinventar, na senda da sua sobrevivência e do seu desenvolvimento enquanto património cultural imaterial da região duriense.


SOBRE OS AUTORES

Helena Queirós é vice-presidente da direção do NEFUP e gestora do projeto “Contradanças e Quadrilhas Durienses”. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Estudos Anglo-Americanos pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, sendo docente do ensino básico e secundário. No NEFUP, além das funções diretivas, integra o elenco dos espetáculos e o grupo de pesquisa e criação.

Luís Monteiro é presidente da direção e diretor artístico de dança no NEFUP. É licenciado em Educação Física pelo Instituto Superior de Educação Física do Porto e mestre em Ciências do Desporto – Desporto com Crianças e Jovens pela Faculdade de Desporto e Educação Física da Universidade do Porto. Leciona no ensino básico e secundário. No NEFUP, além das funções diretivas e de coordenação artística, é responsável pela formação na área de dança e integra o elenco dos espetáculos e o grupo de pesquisa e criação.

Daniela Leite Castro é sócia do NEFUP e da Associação Portingaloise – associação sem fins lucrativos dedicada à divulgação da Dança Antiga (dança europeia dos séculos XV a XVIII). É a responsável pela transcrição das partituras do projeto. Licenciada em Composição pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, é compositora e arranjadora, música e performer, e professora de voz, coro e práticas de conjunto no ensino básico e no ensino livre.  No NEFUP, integra o elenco dos espetáculos e é responsável por vários arranjos musicais para o repertório das Cantadeiras, de que também faz parte.


SOBRE O NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto

O NEFUP é uma associação de extensão cultural da Universidade do Porto. Foi fundado em 1982 por um grupo de estudantes e licenciados da Universidade do Porto com o objetivo de recolher, estudar e divulgar a etnografia e o folclore portugueses. Os resultados desse trabalho de pesquisa são apresentados sob a forma de espetáculos encenados, em que a dança, os cantares e as tradições se combinam na evocação de aspetos temáticos marcantes da cultura popular portuguesa.

Nos seus trinta e nove anos de existência, o NEFUP recolheu um vasto e rico repertório de música, dança, canções e múltiplas tradições relativo às diferentes regiões etnográficas de todo o país.

Na sua vertente performativa, além das atuações por todo o país, o NEFUP divulgou, também, a cultura popular portuguesa pelo estrangeiro (Grécia, Espanha, Brasil, Macau, Reino Unido, Bélgica, Holanda e Turquia), tendo, por duas vezes, obtido o primeiro lugar em dança tradicional no famoso Llangollen International Festival, no País de Gales.

A associação dedica-se à divulgação etnográfica e à formação através da dinamização de projetos de investigação, oficinas, ciclos de cinema etnográfico, tertúlias, concertos e outras atividades de índole cultural e recreativa. Tem, também, vindo a desenvolver parcerias com entidades públicas e privadas com objetivos congéneres ou complementares.

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