11. António Pinho Vargas

António Pinho Vargas é o convidado deste episódio do Alumni Mundus – Carreiras Imprevistas. Este licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto é um dos mais importantes compositores portugueses da contemporaneidade, sendo autor de quatro óperas, cinco oratórias, 14 peças para orquestra, nove obras para ensemble, 26 obras de música de câmara, 11 obras para solistas e música para cinco filmes. Embora uma grande parte da sua obra seja claramente do domínio “erudito”, as suas belas composições e improvisações no domínio do jazz tornaram-no conhecido do grande público a partir dos anos 80, sendo hoje interpretadas por muitos outros músicos.
Para além da composição e interpretação musical, António Pinho dedicou a sua vida à música de outras formas: foi professor de Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, consultor de instituições culturais e investigador com diversas obras publicadas sobre história e sociologia da música, tendo-se doutorado nesta última área pela Universidade de Coimbra.
Personagem multifacetado e inquieto, a qualidade e a projeção nacional e internacional da sua música não passaram despercebidas: em 1995, foi distinguido com a Ordem do Infante D. Henrique e, entre numerosos prémios atribuídos a várias das suas obras singulares, recebeu em 2012 o Prémio Universidade de Coimbra pelo conjunto da sua obra e pela sua contribuição para a música contemporânea portuguesa.

Deixa-se aqui como sugestão de audição – para além deste episódio, claro – a sua última edição discográfica, Lamentos, que inclui a Sinfonia (Subjetiva), o Concerto para Viola “O Livro de Job: Leituras” e o Concerto para Violino.

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