O Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e o Instituto de Filosofia (UIDB/00502/2020), associam-se às comemorações dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 da Universidade do Porto, não apenas por razões políticas e sociais, mas igualmente porque a Revolução permitiu a expressão de novas formas de pensamento e das mais variadas expressões da arte, da música, da poesia, da literatura, do cinema e do teatro, entre outras.

As novas orientações e cânones do pensamento, após a deposição da ditadura, permitiram não só que a poesia saísse “à rua”, como uma explosão e expressão de ideias de que hoje continuamos herdeiros.

A Revolução dos cravos abriu o caminho para a liberdade de expressão, base fundamental para qualquer sociedade democrática, em que filósofos e escritores, questionando e desconstruindo ideologias, puderam tomar parte na discussão pública. O evento vai refletir sobre esse legado, à luz de valores humanistas.

Curadores: Maria Celeste Natário, Vítor Guerreiro, Rui Lopo.

A entrada é livre.

Este evento está inserido nas comemorações dos 50 anos do 25 de abril da U.Porto.

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Programa:

// Dia 22 de abril //

• 14h30: A FOTOGRAFIA NA REVOLUÇÃO | Conversa

José Soudo (ArCo): Os fotógrafos saíram à rua no 25 de Abril de 1974.

Maria Luísa Malato (FLUP) e Paulo Gaspar Ferreira (In Libris): Do preto e branco à cor: as fotografias de Bernardino Pires e o 25 de Abril

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• 16h30: AS CANÇÕES E AS ARMAS | Conversa

Joana Gomes e Mariana Leite (IF-FLUP): Foi bonita a festa, ai amigo! – A lírica trovadoresca e os cantautores de Abril

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• 17h30: O CINEMA E A EXPERIÊNCIA POLÍTICA | Conversa

Sérgio Dias Branco (FLUC): Voz e montagem na evocação da violência política em 48 (2010)

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• 18h30: 48, de Susana Sousa Dias(93 min) | Exibição de documentário; Conversa

«O que pode uma fotografia de um rosto revelar sobre um sistema político? O que pode uma imagem tirada há mais de 35 anos dizer sobre a nossa actualidade? Partindo de um núcleo de fotografias de cadastro de prisioneiros políticos da ditadura portuguesa (1926-1974), 48 é um documentário que procura mostrar os mecanismos através dos quais um sistema autoritário se tentou autoperpetuar durante 48 anos.».

Conversa com Jorge Campos e Elsa Cerqueira, com a presença da realizadora

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//Dia 24 de abril//

• 14h30: O PROTESTO NA CANÇÃO RURAL | Conversa; Apresentação de livro

Mário Correia (Sons da Terra): Siga a malta, trema a terra.

Seguida de uma breve apresentação do livro de Mário Correia, José Afonso: A patriótica espia sabia onde morder… sobre a sanha persecutória da PIDE/DGS a José Afonso.

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• 15h15: A FILOSOFIA E O 25 DE ABRIL | Conversa

Artur Manso (Universidade do Minho)

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• 16h25: 25 DE ABRIL E INTER-ARTES | Conversa

Cristina Pratas Cruzeiro (UNL):A explosão de visualismo nas ruas: as performatividades da revolução portuguesa nas artes visuais

Rui Lopo (IF-UP): Apologia da “estética” de José Barata-Moura

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• 17h30: INTERVALO | MOMENTO MUSICAL

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• 18h30: O CINEMA INTERVENTIVO DE ABI FEIJÓ | Cinema; Conversa

Exibição de A noite saiu à rua, Os salteadores, Clandestino e Fado Lusitano (30 minutos)

A noite saiu à rua: Anim. Abi Feijó, 1987,4 min. Curta-metragem de animação baseada no livro de João Abel Manta “Caricaturas Portuguesas dos Anos de Salazar”, com músicas de José Afonso.

Os Salteadores: Anim. Abi Feijó, 1993, 14 min. Dentro de um carro, numa viajem à noite ao longo da costa portuguesa, nos anos 50, ouve-se uma discussão sobre a identidade de um grupo de homens, capturados e mortos há alguns anos no decorrer da guerra civil espanhola. Três perspectivas são confrontadas num discurso que revela a face e as sensibilidades ideológicas do regime fascista português. Como se a História pudesse ser inventada ou esquecida…

Conversa com Jorge Campos e Elsa Cerqueira, com a presença do realizador