No próximo dia 11 de março, pelas 18h00, terá lugar na Casa dos Livros – Centro de Estudos da cultura em Portugal (Rua do Campo Alegre, 1055) o lançamento do livro do escritor Abdellah Taïa (Marrocos, 1973) Aquele que é digno de ser amado.

A apresentação da obra estará a cargo da Professora Maria de Fátima Marinho (FLUP)

A entrada é livre

Programa:

• 11 de março 2024 (SR1): 09.00 Encontro com os estudantes Celui qui est digne d’être aimé
• 11 de março 2024 (Casa dos Livros): 18.00 Apresentação do romance Aquele que é Digno de ser Amado pela Professora Maria de Fátima Marinho (FLUP)
• 12 de março 2024 (AN) 16.00: projeção comentada do filme L’Armée du salut (A. Taïa) com a participação do Prof. David Pinho Barros, Prof. Jorge Vicente Valentim e Doutor Jorge Gato

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Sobre Abdellah Taïa: nasceu em Salé, próximo de Rabat, em Marrocos, a 8 de agosto de 1973. Cresceu numa família modesta e numerosa, de nove irmãos, e cedo se interessou pelo mundo do cinema. Foi, porém, literatura francesa que estudou, primeiro na Universidade de Rabat, mais tarde em Genebra, e veio a concluir o doutoramento na Sorbonne, com uma tese sobre Fragonard.

O gosto pela escrita surgiu-lhe ainda nos tempos de faculdade, e, em 2000, publicou o seu primeiro livro de contos; Mon Maroc, onde revive memórias de infância num registo autobiográfico. Aventurou-se, desde então, em peças de teatro, colaboração com outros autores, e vários romances, de que se destaca L’Armée du salut, de 2006, que o próprio adaptou ao cinema e realizou, apresentando a sua primeira longa-metragem em 2014, e pelo qual recebeu o Grande Prémio do Júri no Festival Premiers Plans d’Angers; e Le Jour du roi, de 2010, que lhe valeu o Prix de Flore.

Oriundo de um país onde a homossexualidade é crime, Abdellah Taïa foi o primeiro escritor do mundo árabe a assumir a sua homossexualidade, numa carta publicada em 2006 no semanário Tel Quel; “Homossexualidade explicada à minha mãe”. Homossexual árabe, e jovem marroquino que foi viver para França; eis as temáticas que atravessam a obra de Taïa, que, apesar de escrever em francês, e dos vinte anos que já leva a residir em França, escreve sobre o seu país sem nunca denunciar essa distância.

Bibliografia: Celui qui est digne d’être aimé, Paris, Seuil, 2017.

Tradução portuguesa de Aquele que é Digno de ser Amado, Lisboa, Maldoror, 2023 por Diogo Paiva.