Descrição
Para estudar o imaginário do fim do mundo, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa organiza, desde 2013, uma série de seminários abertos, coincidindo com os equinócios e os solstícios. Os libretos Materiais para o Fim do Mundo recolhem alguns ensaios apresentados nesses seminários, ou textos afins. Neste quinto libreto, Daniel Floquet revisita Dr. Strangelove, de Stanley Kubrick, e a insânia do universo militar durante a Guerra Fria, analisando os vários níveis subliminares das imagens – incluindo um humor negro particularmente mordaz; Isabel Aguiar mostra como o imaginário do Apocalipse permite a Mário Cesariny, em Titânia. História Hermética, criticar e destruir o universo fechado de Procópio’s Town, metáfora da Lisboa sob o Estado Novo; e Susana Correia descreve diversos fins do mundo, pessoais ou universais, na poesia de Sylvia Plath, fundada sobre a memória de Auschwitz ou a ameaça das bombas nucleares – mas também sobre a promessa de uma nova primavera, palavra com que a autora quis fechar o seu livro Ariel