Descrição
Se há um princípio unificador dos textos aqui publicados, esse tem a ver com a recusa da hegemonia excludente que o racionalismo, em certos momentos, reclamou para si, mesmo que sob pretexto de se afirmar como expressão fundamental da modernidade. Nos diversos campos da sociologia – macro ou micro, em Durkheim e em Simmel; da moral, em Westermarck; ou da educação, em António Sérgio – não faltam razões a estes autores para recusar à Razão o poder de descrever, explicar e orientar as diversas práticas sociais. Por mais que a vida social seja complexa e resistente à abstração, os caminhos da construção sociológica não podem abdicar de acompanhar em paralelo, sem garantias de cruzamento ou coincidência, os percursos da razão, da emoção e da prática.