Argumentos 2: em convergência é o segundo volume de Argumentos, do arquiteto Alexandre Alves Costa. Estas publicações abordam, em formato de ensaio, os escritos, a obra, a vida e até as relações de amizade que foi construindo ao longo das últimas décadas.
À semelhança de Argumentos 1: em deriva, também este segundo volume resulta de uma parceria entre a Fundação Marques da Silva (FIMS) e a U.Porto Press, que o publica na sua coleção Transversal.
A sessão de lançamento de Argumentos 2: em convergência está marcada para o próximo dia 12 de fevereiro, às 18h30, na FIMS, e contará com intervenções de José Manuel Pureza, Professor Catedrático de Relações Internacionais, investigador, autor e político, e Pedro Levi Bismarck, arquiteto, investigador, crítico e ensaísta.
A entrada é livre (sujeita à lotação do espaço).
ARGUMENTOS “EM DERIVA” E “EM CONVERGÊNCIA”
Se, por um lado, Argumentos 1: em deriva não foi considerado por Alexandre Alves Costa “um livro de Arquitetura”, mas antes uma tentativa de se servir da sua experiência naquele âmbito para “articular tempo e espaço, (…) modelar a realidade, (…) fazer sonhar”, o “segundo volume de Argumentos é em convergência, dada a sua maior aproximação à análise crítica e ao exercício disciplinar da arquitetura”, defende o reconhecido arquiteto.
Argumentos 2: em convergência é composto por textos de temas distintos, alguns inéditos, e outros já publicados em diversos espaços – entre jornais, revistas, sessões académicas, de homenagem ou exposições – e momentos da sua vida.
“Para além da Arquitetura”, “O Território da Arquitetura”, “Obras e autores” e “Ideias sem matéria: a Arquitetura não é una cosa mentale” dão nome aos quatro grandes capítulos em que o livro se subdivide. Pelo meio, Alexandre Alves Costa deu voz a outros nomes consagrados da Arquitetura, como em “Conversa Ficcionada com Eduardo Souto de Moura”, “Excerto de um capítulo inexistente”, por Fernando Távora, ou “Interregno para festejar a nossa juventude, com belas palavras do Camilo Cortesão”.
O também Professor Catedrático Emérito da Universidade do Porto (U.Porto) explica que, além de integrar os ensaios críticos habituais, este volume abriu “uma experiência de comunicação de projetos não construídos, utilizando a linguagem escrita e não o desenho”, conforme documenta o quarto capítulo. Especifica que, para tal, “serviram-nos os textos das memórias descritivas desses projetos nunca concretizados”.

“O que quisemos foi experimentar a nossa disciplina como cosa mentale, colocando por escrito os elementos conceptuais que estiveram na base do projeto e que, sabendo não poderem pela sua própria condição tangencial à disciplina ser conclusivos, nos permitem, assim, continuar se for caso disso, a pensar e a concordar e a perguntar e a discordar e até a desistir, sempre desenhando”, remata o autor.
A propósito dos textos da autoria de Alexandre Alves Costa, Maria Manuel Oliveira – ex-aluna, agora docente e “muito amiga e conhecedora dos múltiplos sentidos da minha vida”, que assina o Depoimento incluído nesta obra – destaca a diversidade temática e que “Não sendo autobiográficos, neles se desenha a vida do seu autor”.
Argumentos 2: em convergência está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%.
SOBRE O AUTOR
Alexandre Alves Costa é Professor Catedrático Emérito da U.Porto, onde lecionou Projeto I e História da Arquitetura Portuguesa e foi diretor do Programa de Doutoramento em Arquitetura, da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. É autor de uma vasta bibliografia publicada, sobretudo, em revistas da especialidade, portuguesas e estrangeiras. Durante a década de 1970 fundou, com Sérgio Fernandez, o Atelier 15. Abordando temas relacionados com o ensino ou com a crítica e história da arquitetura, Alexandre Alves Costa tem participado em múltiplos cursos, seminários ou mesas redondas e proferido conferências em Portugal e no estrangeiro. É membro do Conselho Nacional de Cultura (Secção do Património Arquitetónico), do Conselho Municipal de Cultura da Câmara Municipal do Porto (desde 2021) e do Conselho Geral da Fundação Marques da Silva. Tem vindo a ser agraciado com múltiplas distinções, entre as quais se destaca o Grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2006), a Medalha de Ouro da Cidade de Vila Nova de Gaia (2013) e a Medalha de Mérito (Grau Ouro) da Câmara Municipal do Porto (2021).