Breve nota introdutória

A avaliação consiste num processo organizado e sistemático de recolha de informações relacionadas com o desempenho dos estudantes para verificar se os objetivos de aprendizagem propostos foram alcançados. Há, portanto, uma comparação entre o desempenho alcançado e os objetivos de aprendizagem pretendidos. O juízo avaliativo resultante da análise dessas informações serve de base para a tomada de decisões. Para alcançar o sucesso educativo, é crucial que os estudantes tenham acesso a informações relevantes sobre o seu desempenho e possíveis caminhos de melhoria, permitindo-lhes regular o seu próprio processo de aprendizagem.

É essencial planificar o processo de ensino-aprendizagem-avaliação (aula, módulo ou curso).

Rubricas de avaliação

• A Rubric for Rubrics- A Tool for Assessing the Quality and Use of Rubrics in Education (PDF)

Para saber mais

• Helvoort J. van 2010. A scoring rubric for performance assessment of information literacy in Dutch Higher Education. Journal of Information Literacy, 4(1), pp. 22-39

• Funcionalidade e orientação
  A avaliação deve ser orientada pelos objetivos de aprendizagem estabelecidos, de modo a permitir aos docentes e aos próprios estudantes verificar se estão a alcança-los, ajudando-os a progredir na aprendizagem e orientando o docente no replaneamento da sua prática, se necessário.
• Integração
  Sempre que possível as tarefas de avaliação e as tarefas de aprendizagem devem coincidir, de modo a que tudo aquilo que for ensinado ou promovido deve seja avaliado.
• Positividade
  “(…) [a avaliação] deve procurar informação sobre aquilo que o aluno sabe, sobre aquilo que ele aprendeu e sabe fazer, realçando as suas conquistas e incentivando-o a aprender mais e a querer desempenhar melhor (…)” (Neves & Ferreira, 2015, p. 36).
• Diversificação
  Para se ser mais rigoroso na avaliação deve diversificar-se as estratégias e os instrumentos usados na recolha de informação.
• Equidade
  Para se garantir que todos têm acesso a uma formação de base sólida, é necessário pensar em intervenções diversas em quantidade ou em qualidade, que permitam efetivas escolhas de percursos, de modo a combater o determinismo e a reprodução social.
• Adequação
  É necessário planificar como, quando e através de que instrumentos se recolhe a informação necessária para que o processo se adeque às finalidades e ao objeto de avaliação.
• Transparência
  Para que o processo de avaliação seja transparente, é necessário que os critérios, os procedimentos, os pressupostos e todas as decisões tomadas sejam definidos com clareza e sejam publicitados.
• Credibilidade
  A planificação do processo de avaliação deve contemplar os momentos de devolução dos resultados e a forma adequada de o fazer, tendo em consideração as finalidades do feedback e a natureza dos seus destinatários.
• Exequibilidade
  É necessário garantir a eficiência e a eficácia de todo o processo.
• Utilidade
  Para que a avaliação seja considerada útil para os destinatários, a informação deve ser dada em tempo oportuno, de modo claro, simples, acessível e pertinente.

• Abrantes, P., & Portugal. (2002). Reorganização curricular do ensino básico: avaliação das aprendizagens: das concepções às práticas: Despacho normativo 30/2001 de 19 de Julho.
• Fernandes, D. (2004). Avaliação das aprendizagens: uma agenda, muitos desafios.
• Fernandes, D. (2006). Para uma teoria da avaliação formativa. Revista portuguesa de educação, 21-50.
• Fernandes, Domingos. (2008). Para uma teoria da avaliação no domínio das aprendizagens. Estudos em Avaliação Educacional. 19. 10.18222/eae194120082065.
• Fernandes, D. (2013). Avaliação em educação: uma discussão de algumas questões críticas e desafios a enfrentar nos próximos anos. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, 21, 11-34.
• Fernandes, D. (2019). Avaliação sumativa. Texto de Apoio projeto MAIA-Monitorização, Acompanhamento e.
• Fernandes, D. (2021). Para uma iniciação às práticas de classificação através de rubricas. Folha de apoio à formação-Projeto de Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (MAIA). Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação.
• Fernandes, D. (2021). Critérios de Avaliação. Projeto de Monitorização e Investigação em Avaliação Pedagógica. Lisboa: Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, Direção-Geral da Educação.
• Fernandes, D. (2021). Rubricas de avaliação. Critério, 1(2), 3.
• Fernandes, D. (2021). Para uma inserção pedagógica dos critérios de avaliação.
• Guerra, M. Á. S. (2016). Almas tatuadas. Aprendizagens sobre avaliação a partir da experiência. Revista de Ciências da Educação. Sísifo, (9), 101-114.
• Haydt, R. C. (2008). Avaliação: conceito e princípios. HAYDT, RC Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 7-15.
• Lemos, V., Neves, A., Campos, C., Conceição, J. M., & Alaíz, V. (1993). A nova avaliação da aprendizagem: O direito ao sucesso (No. 3ª Edição). Texto Editora.
• Machado, E. A. (2021). Feedback. Projeto de Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (MAIA). Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação.
• Neves, A., & Ferreira, A. N. (2015). Avaliar é Preciso? Guia prático de avaliação para professores e formadores. Guerra & Paz.
• Pacheco, J. A. (1998). Avaliação da aprendizagem. In ALMEIDA, Leandro S.; TAVARES, José, org. - Conhecer, aprender e avaliar. Porto: Porto Editora, 1998. ISBN 972-0-34724-4. p. 111-132.
• Pinto, Jorge & Santos, Leonor. (2006). Modelos de avaliação das aprendizagens. Edição: 1ª Editora: Universidade Aberta. ISBN: 972-674-4-470-9