
Corpo, Materialidade e Objectos: uma História da Arte da Idade Média ao Barroco

Corpo, Materialidade e Objectos: uma História da Arte da Idade Média ao Barroco
Formador
Esta formação explora a história da arte através de uma abordagem centrada na materialidade das obras e nos seus significados simbólicos e culturais. Analisa como os materiais, técnicas e contextos culturais moldaram a experiência artística e as interpretações ao longo do tempo. O programa divide-se em temas cronológicos e conceituais, desde a Idade Média até o Barroco. A formação é ideal para quem deseja compreender a arte além do seu valor estético, focando-se nos materiais, simbolismos e no impacto emocional e social das obras ao longo da história.
- Compreender a História da Arte como história do pensamento plástico e figurativo em articulação com o contexto histórico e cultural.
- Entender a materialidade do objecto artístico enquanto suporte ritual e produtor de agência.
- Desenvolver o pensamento crítico sobre os múltiplos papéis do corpo na experiência estética.
- Identificar materiais e técnicas utilizadas na produção plástica, de acordo com as respectivas cronologias.
Cidadãos portugueses ou de outras nacionalidades a residir em Portugal, com capacidade para frequentar o ES (12.ºano):
– Estudantes de Belas Artes e de História da Arte (1.º ciclo);
– Profissionais da área das artes e da cultura;
– Público em geral com interesse pela área.
O programa revela os segredos por trás das obras de arte, explorando como os materiais, as técnicas e os contextos culturais moldaram a criatividade humana ao longo dos séculos. Da espiritualidade da Idade Média ao fascínio sensorial do Barroco, os(as) participantes irão aprender a decifrar os símbolos, emoções e mensagens por trás de cada detalhe artístico.
1. Material Turn: interpretações da Arte a partir das suas propriedades materiais
– O efeito Pigmaleão: Projecções e desejo de fusão com a criação artística
– Teoria do Acto icónico: campos de forças entre corpos e artefactos
– Imagem-meio-corpo: uma metodologia para o fenómeno da arte
2. A Idade Média: O poder simbólico dos materiais e a objectualidade enquanto dispositivo devocional
3. O Quattrocento e a construção de um novo olhar: a imprensa e a “instauração do quadro”
4. O Renascimento e a hierarquia dos materiais: entre as reinterpretações da materialidade da Antiguidade Clássica e os objectos do quotidiano
5. A Contra-Reforma e os Iconoclasmos: o medo da sensualidade da cor e da matéria
6. O Barroco: um triunfo da sensação
7. Desejo, Transgressão e Magia – Ex-votos, Relíquias e amuletos
A abordagem a esta formação será teórico-prática, assente numa metodologia expositiva, interrogativa, demonstrativa e activa. As sessões serão compostas por uma inicial exposição teórica, alicerçada em estudos de caso (baseados em imagens e textos), associados a uma metodologia interrogativa que apela à atenção e reflexão dos formandos. A avaliação final será realizada tendo em atenção a presença e participação dos formandos nas sessões, em associação com um trabalho individual onde se espera medir não só os conhecimentos adquiridos, mas também a capacidade analítica e argumentativa.
A avaliação será composta por um trabalho final individual que permita classificar o conjunto de conhecimentos teóricos e práticos adquiridos ao longo da formação e a evolução do formando, sustentada nos seguintes parâmetros:
– Assiduidade (15%): através dos registos de presença, sendo obrigatório assistir a pelo menos 75% das horas de contacto;
– Participação/ motivação (35%): a que corresponde empenho, iniciativa, pertinência das intervenções, aplicação correcta dos conhecimentos adquiridos;
– Trabalho Individual (50%), onde se consideram as capacidades teórico-analíticas adquiridas ao longo da formação.
A não aprovação dos formandos pode resultar de:
– Assiduidade inferior a 75% do número de horas presenciais;
– A não apresentação do trabalho individual;
– Um valor médio de desempenho inferior a 50%.
Para efeito de confirmação de falta será considerada uma tolerância de 15 minutos.
A responsabilidade pelo registo da assiduidade é do(a) formando(a).
Presencial (P)
de 06 de fevereiro a 03 de abril de 2025, 18h30 - 20h30
Aos participantes que concluírem a formação com assiduidade e aproveitamento será emitido:
– um certificado de formação contínua com classificação quantitativa e créditos.
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Maria José Goulão Machado Curriculum Vitae
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Maria Inês Afonso LopesINÊS AFONSO LOPES (1987) Doutor em História da Arte Portuguesa, com a tese intitulada: “Por minha alma. Raízes históricas do culto das Almas do Purgatório em Portugal (séculos XVII e XVIII)”, pela Faculdade de Letras da U.Porto e pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Autora de várias publicações e comunicações sobre a materialidade e o corpo na experiência estética, na História da Arte. Destacam-se: o artigo “Sensory Turn – Quando o sujeito se torna o centro da história da arte” in Revista do Instituto de História da Arte da FCSH, n.º12, 2015. pp. 177-191 e comunicações como Sacrifice et matérialité: une réinterprétation du phénomène votif. Seminaire «Saintetés, sacralités, dévotions. Pour une anthropologie historique de l’objet votif» (França/Paris, École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), 6 de fevereiro, 2018). Investigadora integrada no CITAR (Centro de Investigação e Tecnologia das Artes), na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.
Responsável
Formador
Condições específicas de ingresso
- Capacidade para frequentar o ES (12.º ano ou equivalente); – Domínio da língua portuguesa: pelo menos B1 (cidadãos estrangeiros); – Competências intermédias de Informática ao nível do utilizador que permitam trabalhar autonomamente com o SiGARRA* e com o email institucional FBAUP*.
Critérios de seleção e seriação
As candidaturas serão ordenadas de acordo com os seguintes perfis:
1.º – Estudantes de Belas Artes, História da Arte de Estudos do Património e de Museologia (1.º ciclo);
2.º – Profissionais das áreas das artes e da cultura;
3.º – Público em geral com interesse pela área, preferencialmente com frequência universitária, ou com o 12.º ano.
Critério de desempate: carta de motivação.
125€ Estudantes, Docentes, Funcionários FBA/ U.Porto
130€ Alumni FBA/ ESBAP + 2€ (seguro escolar)
150€ Público em Geral + 2€ (seguro escolar)
Gabinete de Formação Contínua [Pavilhão Central – Gabinete PC103]
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
Av. Rodrigues de Freitas, 265
4049-021 Porto, Portugal
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Horário de Atendimento
10.30 – 12.30 | 15.00 – 19.00
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Telefone: 22 519 24 16
E-mail: [email protected]
Mais informações
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