10. Cuidar da memória e de quem a perde: viver com Alzheimer

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, haverá cerca 47,5 milhões de pessoas com demência no mundo, estimando-se que este número possa atingir os 75,6 milhões em 2030 e eventualmente triplicar em 2050 para os 135,5 milhões. A doença de Alzheimer destaca-se neste contexto, representando cerca de 60 a 70% dos casos de demência (World Health Organization [WHO], 2015).

Nesta conversa, abordamos o significado da doença na perspetiva científica e clínica e na perspetiva de quem adoece e de quem cuida, considerando que a resposta às demências tem de ser necessariamente multidisciplinar e dialógica. O momento da comunicação do diagnóstico, o acompanhamento de quem sofre, a experiência da doença, o estigma, a resposta terapêutica existente e a importância do Outro no reconhecimento da Pessoa que se perde de si, sem perder a sua identidade – são alguns dos temas abordados. Para tal, contamos com a participação de Catarina Alvarez, jurista, psicóloga e responsável pelas Relações Institucionais da Associação Alzheimer Portugal; João Massano, neurologista, coordenador do Centro de Investigação e Ensaios Clínicos do Centro Hospitalar Universitário de S. João e presidente do Grupo de Estudos e Envelhecimento Cerebral e Demências, e Rui Zink, escritor e professor na NOVA FCSH, membro fundador dos Felizes da Fé e da ACA-M, autor de uma obra diversificada, do romance à banda desenhada, passando pelo ensaio ou literatura infantil, incluindo o livro “O avô tem uma borracha na cabeça” (2020), que conta a história de amizade entre um avô com Alzheimer e o seu neto, que decide ser o lápis que escreve o que a borracha teima em apagar.

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