This is a repeating event19{h}00 7:00pm19{h}00 7:00pm
Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano 2025
Detalhes do Evento
Durante 2025, a ASCIP Dante Alighieri em parceria com a Casa Comum, apresentam o Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano
Detalhes do Evento
Durante 2025, a ASCIP Dante Alighieri em parceria com a Casa Comum, apresentam o Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano 2025, unindo esforços entre as duas Instituições, promovendo uma iniciativa que cultiva o amor pela literatura e o desejo de juntar diversos públicos.
O programa 2025 apresenta uma seleção de 6 títulos editados em português, de escritores e escritoras de renome no panorama contemporâneo italiano, algumas das quais (Francesca Melandri, Melania Mazzucco, Federica Manzon) foram protagonista de eventos realizados pela ASCIPDA na Casa Comum em 2023 e 2024.
Haverá também espaço para recordar e celebrar um clássico da literatura italiana: Cristo parou em Eboli, de Carlo Levi, escritor do qual decorrem os 50 anos da sua morte, com o livro que é considerado uma obra-prima, estando entre os mais importantes no cânone italiano de literatura realista contemporânea.
A destacar também que a mais recente edição portuguesa (Livros do Brasil, 2022) tem tradução de Jacinto Lucas Pires, galardoado com o Prémio de Tradução Literária Francisco Magalhães.
O convite a participar é aberto a todos, a quem vai ler os livros e quem os quer descobrir connosco antes de os ler, juntando-se a nós nesta viagem.
O desejo de aumentar a comunidade de leitores e de fazer com que a literatura seja o ponto de partida para uma troca de ideias e reflexões, é o grande objetivo destas sessões, que irão acontecer em “língua híbrida” entre italiano e português, indo ao encontro das possibilidades e preferência de cada um dos participantes, procurando sempre a plena compreensão e usufruto de todos, num espírito de diálogo e partilha.
O Clube de Leitura da ASCIP Dante Alighieri existe desde 2019 e visa promover a literatura italiana, com particular atenção à produção contemporânea, sem esquecer os clássicos mais recentes.
Organização: Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri e Casa Comum
Entrada livre. Inscrição obrigatória através do LINK
Mais informações em: up.pt/casacomum ou ladante.pt
PROGRAMA:
O comboio das crianças, de Viola Ardone
Dia: 20 de fevereiro 2025
Hora: 19h00
Local: Sede da ASCIPDA
Sobre a obra
Nápoles, 1946. Amerigo, um menino de sete anos, deixa a vida que sempre conheceu em Nápoles e parte num comboio. Não sozinho, mas no meio de milhares de outras crianças do Sul de Itália que atravessam o país para passarem alguns meses com uma família do Norte, enquanto a sua terra natal se reconstroi do caos e da destruição.Com o espanto típico de uma criança de sete anos e a astúcia de um rapaz de rua, Amerigo mostra-nos uma Itália que renasce da guerra e conta-nos como, mesmo renunciando a tudo – até ao amor da própria mãe -, é nessa viagem que descobre o seu verdadeiro destino
Sobre a autora
Viola Ardone (Napoli, 1974) é professora de italiano e latim. Publicou o primeiro livro, “La ricetta del cuore in subbuglio” em 2012, seguido por Una rivoluzione sentimentale em 2016. Alcançou o sucesso internacional em 2019 com O comboio das crianças, livro traduzido em mais de trinta línguas e que venceu o Premio Letteratura em 2020 e que foi adaptado pelo cinema em 2024, com a realização de Cristina Comencini.

Tasmânia, de Paolo Giordano
Dia: 02 de abril 2025
Hora: 19h00
Local: Casa Comum (Reitoria da U.Porto)
Sobre a obra
Em novembro de 2015, o narrador, um escritor e jornalista com formação científica, desloca-se a Paris para assistir à Cimeira do Clima (COP21), poucos dias depois dos atentados jihadistas. A crise que paira sobre a cidade parece espelhar uma crise mais íntima: aquela que atravessa a sua relação com Lorenza. Na procura de um sentido para tudo o que está a viver, para os seus medos e dúvidas, enquanto prepara um livro sobre os efeitos radioativos da bomba atómica, cruza-se com várias personagens atípicas, que serão mais relevantes do que imagina. Uma das coisas que casualmente irá descobrir é que, no caso de uma grande catástrofe mundial, a Tasmânia é um dos melhores lugares para procurar refúgio. Mas a sua crise não é, decididamente, só sua: é a crise de todos nós, das nossas vidas e do planeta.O medo e a surpresa de perder o controle são os sentimentos do nosso tempo, e a voz terna de Paolo Giordano consegue expressá-los como ninguém.
Sobre o autor
Paolo Giordano (Turim, 1982) é um dos mais importantes escritores italianos da atualidade. Licenciou-se em Física na Universidade de Turim, onde ganhou uma bolsa de doutoramento em Física de Partículas, e é o autor dos romances A Solidão dos Números Primos (2008, Prémio Strega e Prémio Campiello Opera Prima), O Corpo Humano (2012), Negro e Prata (2014) e Devorar o Céu (2018). Publicou ainda o ensaio Frente ao Contágio (2020) e Le cose che non voglio dimenticare (2021). Escreveu para teatro e para cinema, e é um colaborador regular no jornal Corriere della Sera. Tasmânia, o seu mais recente romance, foi considerado o melhor livro de 2022 em Itália.

Mais alto do que o mar, de Francesca Melandri
Dia: 12 de junho 2025
Hora: 19h00
Local: Sede da ASCIPDA
Sobre a obra
1979, Asinara. Uma ilha encantada entre o céu e o mar, imersa no perfume dos helicrisos, num tempo que parece suspenso. Um lugar aparentemente afastado da violência política que ensanguenta a Itália e que, pelo contrário, com a sua prisão de segurança máxima, é o seu símbolo. Luisa e Paolo não se conhecem, vêm de vidas que não podiam ser mais diferentes: ela, uma camponesa habituada à dureza da vida e mãe de cinco filhos; ele, um viúvo e antigo professor de filosofia. Luisa visita o marido, homicida, e Paolo o seu único filho, condenado por terrorismo. Encalhados na ilha durante uma noite por causa de uma tempestade, descobrem o que os une e entrelaçam as suas vidas com as do guarda prisional Nitti e da sua mulher Maria Caterina. A escritora Francesca Melandri relata os anos negros do terrorismo em Itália de uma perspetiva diferente, a dos familiares dos autores, vítimas por sua vez, mas condenados a não serem dignos de compaixão
Sobre a autora
Francesca Melandri (Roma, 1964) , é uma escritora, documentarista e argumentista de cinema e televisão. Depois da sua estreia feliz na narrativa em 2010 com Eva Dorme, em 2012 publicou Mais alto do que o mar (Prémio Selezione Campiello), seguido de Sangue giusto, em 2017 (Prémio Sila’49, selecionado para o Prémio Strega) e Piedi freddi, em 2024.

Vita, de Melania G.Mazzucco
Dia: 17 de setembro 2025
Hora: 19h00
Local: Casa Comum (Reitoria da U.Porto)
Sobre a obra
Em 1903 Vita e Diamante, com nove e doze anos, desembarcam sozinhos em Nova Iorque. Vindos da miséria do campo do Sul de Itália, são projetados para uma metrópole moderna, caótica e hostil. Vita é rebelde, possessiva e indomável, Diamante silencioso, orgulhoso e temerário. À sua espera estão opressões, violência e traições. Mas também ocasiões para se resgatarem, a descoberta da amizade e, principalmente, do amor, que se revelará mais forte do que a distância, a guerra, os anos. Ao dar voz a um conjunto de personagens perdidas na memória, Melania Mazzucco entrelaça os fios de uma narração familiar e universal ao mesmo tempo. A história de todos os que sonharam – e ainda sonham – uma vida melhor.
Sobre a autora
Melania Mazzucco (Roma, 1966), escritora italiana, que publicou o seu primeiro romance em 1996, Il bacio della Medusa, finalista nesse mesmo ano do Prémio Strega. Em 2000, o romance documentário sobre Annemarie Schwarzenbach, Lei così amata, recebe o Prémio Napoli e o Prémio Bari para a categoria de romance. Em 2003, o romance Vita vence o Prémio Strega e o reconhecimento internacional em Espanha, com o Prémio Santiago de Compostela em 2005, e no Canadá, com o Globe and Mail Book of the Year. A Arquitetriz, romance de 2019, vencerá vários prémios, entre eles o Prémio Stresa e o Prémio Manzoni. O romance Un giorno perfetto foi adaptado ao cinema, em 2009, com realização de Ferzan Özpetek.

Cristo parou em Eboli, de Carlo Levi
Dia: 29 de outubro 2025
Hora: 19h00
Local: Casa Comum (Reitoria da U.Porto)
Sobre a obra
Pequeno conjunto de casinhas amontoadas sobre um precipício de argila branca, Gagliano surge aos olhos de Carlo Levi, naquela tarde de agosto de 1935, como uma terra às portas da civilização, da História, da humanidade. «Nós não somos cristãos», dizem os seus habitantes. «Cristo parou em Eboli.» Foi para esta localidade, na região empobrecida e isolada da Lucânia, no sul de Itália, que o médico, pintor e escritor se viu enviado para confinamento por oposição ao regime fascista de Mussolini. Durante os cerca de dez meses que ali viveu, Levi refletiu sobre aquela paisagem, as suas gentes e a sua resignação à pobreza, à ruralidade, à perpetuação de crenças dos antepassados. Em 1945, publicou o testemunho desta experiência, uma narrativa envolvente na qual se mistura ficção, memória, registo sociológico, ensaio e literatura de viagem. Considerada a obra-prima de Carlo Levi, Cristo Parou em Eboli foi adaptada ao cinema pelo realizador Francesco Rosi, com argumento dos escritores Tonino Guerra e Francesco La Capria.
Sobre o autor
Carlo Levi (1902-1975) Formado em Medicina, envolveu-se cedo no movimento antifascista, tendo sido um dos membros fundadores do grupo Justiça e Liberdade. Em 1935, foi preso e enviado para a Lucânia, pertencente à região da Basilicata, no sul de Itália, onde esteve confinado até 1936. Foi o registo desse período de isolamento, num local remoto e pobre, que serviu de base para Cristo Parou em Eboli. Durante este período, desenvolveu também uma série de projetos artísticos, que viria a mostrar na Bienal de Veneza de 1954. Entre as suas obras literárias, destacam-se ainda L’Orologio (1950), Le Parole Sono Pietre (1955) e Il Futuro ha un Cuore Antico (1956). Foi também deputado do Senado, como membro independente do Partido Comunista, entre 1963 e 1972.

Alma, de Federica Manzon
Dia: 11 de dezembro 2025
Hora: 19h00
Local: Sede da ASCIPDA
Sobre a obra
Alma fugiu de Trieste para reconstruir uma vida longe dela, e agora está de volta para receber a imprevista herança do pai. Um homem sem raízes, que detestava o culto do passado e os seus legados, um pai fascinante mas fugidio, que ia e vinha da fronteira sem que fosse possível perceber qual era o seu trabalho na ilha, à sombra do marechal Tito olhos de víbora. Nos três dias em Trieste Alma volta a um mapa de territórios esquecidos. Reencontra a linda casa na avenida dos plátanos, onde passou a sua infância com os avós maternos, e volta à casa no Carso, para onde mudaram repentinamente e na qual chegou Vili, filho de um casal de intelectuais de Belgrado amigos do pai. Vili que, de um dia para o outro, entrou na sua vida cancelando definitivamente a Áustria-Hungria. É pelas suas mãos, “um irmão, um amigo, um antagonista” que Alma tem de receber a herança do pai. No entanto, Vili é a última pessoa que gostaria de voltar a ver.
Sobre a autora
Federica Manzon (Pordenone, 1981) é escritora e jornalista, além de diretora editorial da editora Guanda. Estreou-se em 2008 com Come si dice addio , ao qual seguiram-se Di fama e di sventura (2011, Prémio Rapallo Carige e Prémio Selezione Campiello), La nostalgia degli altri (2017) e Il bosco del confine (2020). Foi também curadora da antologia I mari di Trieste (2015). Com Alma em 2024 ganhou o prémio Campiello e o Prémio Stresa.

Hora
19{07}00 7:00pm - 8:00pm(GMT+00:00)