Um dia havia de acontecer. As palavras formam a serra, rostos familiares, vozes ao longe, o altivo ladrar dos cães. Erguem uma realidade perdida. De repente, a tua terra renasce na dimensão inaudita do trabalho poético. O verão desagua na página, o rio, o rapaz destemido a apanhar cobras de água. Felicidade em repouso, como os campos ao redor, sobre a brancura do papel. E tu nada fazes para a levantar. Tu estás pasmado perante a aldeia iluminada, essa terra que se despovoou, abandonaram os campos e as reses, ruíram os espigueiros e os açudes, mas raparigas do rio trazem lírios e sorrisos francos e tu, enfim, descobres: a poesia pode salvar. Salvar o quê? Que importância tem isso...

No dia 16 de dezembro pelas 17h30, a Casa Comum da Reitoria da U.Porto vai acolher a apresentação do livro de poemas de Francisco Duarte Mangas intitulado As Coisas Comuns.

Além do autor, esta apresentação contará com a presença do escritor Mário Cláudio.

A entrada é gratuita, limitada aos lugares existentes na sala (apresentação obrigatória de Certificado Digital de Vacinação).