
A
brangendo múltiplos temas do relacionamento entre a Ásia e a Europa, este ciclo de conferências privilegia a expressão cultural como esfera de mútuo (re)conhecimento, reunindo diversos especialistas nacionais e estrangeiros em sessões que, decorrendo habitualmente à segunda-feira ao final da tarde (com duas exceções), se dirigem em particular aos estudantes da Universidade do Porto, mas também estão abertas ao público em geral.
O ciclo Ásia e Europa – um futuro partilhado encerra-se em julho com uma semana cultural que ligará as conferências sobre cinema, música e ilustração a atividades nas mesmas áreas: um ciclo de filmes asiáticos, concertos e oficinas de desenho.
Ásia e Europa – um futuro partilhado é apoiado pela Eurasia Foundation e organizado pela Casa Comum da Universidade do Porto. O programa pode ser consultado abaixo.
SESSÃO INAUGURAL
24 de fevereiro, 17h00, Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto
Abertura: a razão de ser de “Ásia e Europa – um futuro partilhado”
Maria de Fátima Vieira
Vice-Reitora da Universidade do Porto para a Cultura e Museus
Asia cultural community and Chinese character exchange
– Aula em coreano, com tradução simultânea para português
Kang Youn-Ok
Full Professor, Universidade Myongji, Seul, República da Coreia
Democracia liberal e globalização – algumas reflexões
João Nuno Calvão da Silva
Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para as Relações Externas e Alumni
Museu das Convergências: um museu de conexões entre histórias, pessoas e lugares
Rui Oliveira Lopes
Diretor do Museu das Convergências
Sobre Rui Oliveira Lopes

Rui Oliveira Lopes é licenciado em História (2003), prosseguiu estudos pós-graduados na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com mestrado em Teorias da Arte (2006) e doutoramento em Ciências da Arte (2011) com tese intitulada Arte e Alteridade: Confluências da Arte Cristã na Índia, na China e no Japão entre os séculos XVI a XVIII.
Em 2012, obteve financiamento da FCT para pós-doutoramento com projeto de investigação sobre as narrativas visuais das civilizações asiáticas em contextos religiosos, coordenando também a linha de investigação Art in a Global Perspective.
Entre 2015 e 2024, foi professor auxiliar de História da Arte e do Design na Faculty of Arts and Social Sciences, Universiti Brunei Darussalam, onde ensinou história da arte global, cultura visual e material e gestão cultural.
A sua área de investigação centra-se nas questões de transculturalidade e transferência de conhecimento através da arte e da representação imagética, nos preceitos ontológicos da imagem nos contextos do sagrado, do espiritual e da expressão religiosa, e numa pesquisa sobre os processos de representação cultural e identitária através de práticas artísticas e discursos museológicos e curatoriais.
É, desde julho de 2024, diretor do Museu das Convergências.
Resumo da comunicação
Esta comunicação pretende apresentar, em traços gerais, o programa museológico do Museu das Convergências, enquanto um novo equipamento cultural com funções museológicas que parte do programa estratégico do Município do Porto para a valorização do património cultural e do seu reconhecimento como agente de dinamização cultural e fator de coesão social e das comunidades. O Museu das Convergências acolherá a Coleção Távora Sequeira Pinto, que passará para a esfera municipal no âmbito da celebração de contrato de comodato. Esta coleção particular é constituída por bens culturais de origens e tipologias muito distintas, incidindo especialmente na presença portuguesa e europeia na Ásia, e cobrindo, igualmente, outras zonas geográficas, como África e América do Sul, destacando-se ainda núcleos de arte da antiguidade, arte europeia tardo-medieval, renascentista, barroca e do período romântico.
A arte do encontro – imagens sagradas indo-portuguesas
António de Sousa Pereira
Reitor da Universidade do Porto
10 de março, 18h00, Casa Comum
O Japão redescoberto nas narrativas dos portugueses desde o século XVI. O caso exemplar de Wenceslau de Moraes
Maria de Fátima Vieira
Prof.ª Catedrática da Faculdade de Letras e Vice-Reitora da Universidade do Porto para a Cultura e Museus
em conversa com
José Rui Teixeira
Poeta, editor, diretor da Cátedra Poesia e Transcendência Sophia de Mello Breyner Andresen, Universidade Católica Portuguesa
Sobre Fátima Vieira

Fátima Vieira é Vice-Reitora da Universidade do Porto para a Cultura e Museus.
Professora Catedrática da Faculdade de Letras, onde ensina desde 1986, Fátima Vieira foi membro do Conselho Geral da Universidade do Porto de 2012 a 2014 e pertenceu a diversos conselhos e comissões científicas desde que se doutorou, em 1998. Foi Diretora do Departamento de Estudos Anglo-Americanos de 2008 a 2010 e Presidente da Utopian Studies Society / Europe de 2006 a 2016. É atualmente a Coordenadora do polo do Porto do CETAPS – Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, financiado pela FCT.
No CETAPS, coordena o projeto “Mapping Utopianisms” e integra o projeto “Shakespeare and the English Canon: A research and translation project”, para o qual contribuiu com traduções anotadas de A Tempestade (2001) e Como Vos Aprouver (2007), publicados pela Campo das Letras, encontrando-se agora a preparar a tradução de Júlio César para a editora Relógio D’Água.
No ILCML – Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, coordenou três edições do projeto de investigação “Utopias Literárias e Pensamento Utópico: A Cultura Portuguesa e a Tradução Literária do Ocidente” (2001-2010), financiados pela FCT, e é atualmente coordenadora do projeto multidisciplinar ALIMENTOPIA (Utopia, Alimentação e Futuro: O pensamento utópico e a construção de sociedades inclusivas – um contributo das Humanidades), também financiado pela FCT.
Em 2013, a associação americana e canadiana “Society for Utopian Studies” distinguiu Fátima Vieira com o Larry E. Hough Distinguished Service Award, em reconhecimento do seu trabalho de promoção do pensamento utópico.
Fátima Vieira fez um grande número de conferências em Portugal e no estrangeiro, organizou múltiplos congressos nacionais e internacionais, e organizou e contribuiu para muitos volumes nas suas áreas de estudo. Ensinou em várias universidades europeias no âmbito do Programa de Mobilidade Docente Erasmus, e ainda no Vietname e no Brasil. Tem vindo a ter participação letiva em programas europeus, incluindo o programa de doutoramento internacional TEEME. Faz também parte do corpo docente do novo programa doutoral MOVES – Migration and Modernity: Historical and Cultural Challenges, um projeto conjunto da Universidade do Porto e de mais quatro universidades europeias (Univerzita Karlova Praze, Université Montpellier III Paul Valéry, Freie Universität Berlin e University of Kent), financiado pela Comissão Europeia. Tem igualmente tido participação docente no programa intensivo europeu New Faces.
Fátima Vieira supervisionou mais de 30 dissertações de mestrado e de doutoramento.
Sobre José Rui Teixeira

José Rui Teixeira nasceu no Porto em 1974. Licenciado em Teologia, mestre em Filosofia e doutorado em Literatura, José Rui Teixeira é diretor e presidente do Conselho Científico da Cátedra Poesia e Transcendência Sophia de Mello Breyner Andresen, na Universidade Católica Portuguesa. Coordena o projeto TEOTOPIAS.
Integra o Conselho Científico do Instituto de Pensamiento Iberoamericano da Universidad Pontificia de Salamanca. É investigador do Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião da Universidade Católica Portuguesa e do Centre de Recherches Interdisciplinaires sur les Mondes Ibériques Contemporains (Études Lusophones) da Université Paris-Sorbonne. É membro da Asociación Latinoamericana de Literatura y Teología, da European Society for Catholic Theology, da Associação Portuguesa de Antropologia e da Associação Portuguesa dos Críticos Literários. Na condição de diretor da Cátedra de Sophia, integra a JANGADA [rede internacional de cátedras, centros de investigação e associações galegas e lusófonas].
É diretor pedagógico do Colégio Luso-Francês [Porto]. Dirige o projeto editorial Officium Lectionis.
Na última década, em contexto académico, publicou oito livros e mais de setenta textos: artigos em revistas científicas e culturais; capítulos de livros, prefácios ou posfácios; ensaios escritos no âmbito das mais de cem intervenções a convite de institutos, centros de investigação e cátedras de universidades europeias e sul-americanas. Organizou dezenas de eventos académicos e culturais. Na condição de editor, desde 2004, publicou mais de duzentos livros, tendo reunido as obras poéticas de António Nobre e Guilherme de Faria, e encontrando-se a coordenar a edição da poesia de Teixeira de Pascoaes.
Intervém frequentemente em documentários, programas informativos e reportagens televisivas e radiofónicas, sobretudo na RTP, como comentador no âmbito da literatura, da religião e da educação.
No que diz respeito a poesia, publicou 16 livros, entre os quais se destacam Para morrer (2004), O fogo e outros utensílios da luz (2005) e Oráculo (2006), os três com a chancela das Quasi Edições. Dez anos depois da 1.ª edição de Diáspora (Cosmorama, 2009), reuniu a sua poesia em Autópsia (Porto Editora, 2019). No projeto editorial Officium Lectionis, publicou Como um ofício (2021), livro que reúne a poesia que escreveu entre 2003 e 2021, Habeas corpus (2022) e Hitoritabi (2024), publicado em Espanha em 2025.
Resumo da comunicação
Das narrativas dos jesuítas do século XVI, passando pela obra de Wesceslau de Morais, na transição do século XIX para o século XX, até à visão contemporânea do Japão de Valter Hugo Mãe, José Rui Teixeira e Fátima Vieira exploram o que está por trás das narrativas – o fascínio que preside ao desdobramento do imaginário ocidental.
17 de março, 18h00, Casa Comum
Traduzir a grande poesia chinesa: classicismo, fascínio e modernidade. E ainda uma breve viagem pelo teatro e romance chinês
António Graça de Abreu
Especialista em Estudos Chineses da Universidade de Aveiro
Sobre António Graça de Abreu

António Graça de Abreu nasceu no Porto. Licenciado em Filologia Germânica, mestre em História da Expansão e dos Descobrimentos Portugueses, foi professor de Português em Pequim (Beijing) e tradutor nas Edições de Pequim em Línguas Estrangeiras. Viveu em Pequim e Xangai entre 1977 e 1983. Foi assistente convidado, lecionando Sinologia no Instituto de Estudos Orientais da Universidade Nova de Lisboa, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e, entre 2012 e 2020, na Universidade de Aveiro. Lecionou cursos livres de Sinologia na Missão de Macau em Lisboa, depois Delegação Económica e Comercial de Macau, ano após ano, entre 1990 e 2003, e na Fundação/Museu do Oriente desde 2009.
Traduziu para português a peça de teatro Xi Xiang Ji (O Pavilhão do Ocidente), de Wang Shifu (1260?-1320?), editada em 1985 pelo Instituto Cultural de Macau, e também as antologias Poemas de Li Bai, Poemas de Bai Juyi, Poemas de Wang Wei, Poemas de Han Shan e Poemas de Du Fu, publicadas em Macau respetivamente em 1990, 1991, 1993, 2009 e 2015. Traduziu o Tao Te Ching, editado em Portugal pela Vega Ed., 2013. Outro trabalho seu é Toda a China I e II, 2013 e 2014, Ed. Guerra e Paz, um extenso conjunto de textos sobre as suas muitas viagens e vivências por todo o território da República Popular da China, e ainda Taiwan, Hong Kong e Macau.
Organizou, com Carlos Morais José, e traduziu parte para português, a antologia Quinhentos Poemas Chineses, que teve duas edições, uma em Macau em 2013 e outra em Lisboa em 2014.
Historiador e poeta, é autor da biografia D. Frei Alexandre de Gouveia, Bispo de Pequim (1751-1808), co-autor (com Roderich Ptak e Zhang Weimin), dos dois volumes da Sinica Lusitana, 2001 e 2004, e dos livros de poesia China de Jade, 1997, China de Seda, 2002, Terra de Musgo e Alegria, 2005, China de Lótus, 2006, Cálice de Neblinas e Silêncios, 2008, A Cor das Cerejeiras, 2010. Haikus do Japão e do Mundo, 2016, e Lai Yong, Bernardo e outros Poemas, 2018. Publicou ainda o Diário da Guiné, 2007, o relato de guerra dos seus dois anos, de 1972 a 1974, como alferes miliciano num Comando de Operações na antiga Guiné Portuguesa. Deu duas voltas ao mundo que testemunhou em dois livros, as Notícias (extravagantes) de uma Volta ao Mundo, de 2018, e Odisseia Magnífica, de 2020.
Entre 1996 e 2002 pertenceu ao Board da European Association of Chinese Studies (Heidelberg, Edimburgo e Torino). É membro do PEN Clube Português.
Com a tradução dos Poemas de Li Bai, António Graça de Abreu obteve o Prémio Nacional de Tradução 1990 do PEN Clube Português/Associação Portuguesa de Tradutores.
24 de março, 10h00, Casa Comum
Global citizenship and One Asia in the 21st century
– Aula em japonês, com tradução simultânea para português
Yoji Sato
Presidente da Eurasia Foundation
Sobre Yoji Sato

Yoji Sato has a Bachelor’s Degree in Commerce (Waseda University, Japan) and is Chairman of the Eurasia Foundation (from Asia).
Publications:
Toward the Establishment of an Asian Community (compilation), Ashi Shobo, 1st November, 2011; 100 Wise men of the East: Gems of Wisdom, Tokuma Shoten 10th October, 2004; 180 Wise Men: Wisdom of Life, Tokuma Shoten, 31st August, 2002
Academic Career:
Dec. 2010 – Present: Keynote Lectures titled Towards Asian Community , The World Will Become One in the Future, and Exploration of the eternal absolute truth were given at Waseda University, University of Tokyo, Peking University, Tsinghua University, Korea University, National Taipei University, Indonesian University of Education, Sasin Graduate Institute of Chulanlongkorn University, Royal University of Phnom Penh, Kazakh National University, Kyrgyz National University, Jawaharlal Nehru University, The Australian National University, University of Auckland, University of Pennsylvania, The University of British Columbia, Complutense University of Madrid, The University of Sheffield, University of Rome La Sapienza.
In addition to the universities mentioned above, the lectures were given at over 500 universities throughout the world.
14th Oct 2009: Kaetsu University (嘉悦大学, Japan), Business Strategy: Dynam’s Strategy
8th Nov 2008: Senshu University (専修大学, Japan), Practical Business Strategy: Practice of SMEs Management
3rd Nov 2006: Konkuk University (建国大學校, South Korea), Special Lecture: Visions of One Asia Club and Ambition of Large Scale Farms in Mongolia
31 de março, 18h00, Casa Comum
Haiku: o sentir da poesia do Japão difundido no mundo
– Comunicação e aula prática
David Rodrigues, Professor Catedrático aposentado da Universidade de Lisboa
Sobre David Rodrigues

David Rodrigues é professor aposentado da Universidade de Lisboa e tem uma longa carreira académica em Portugal e no estrangeiro. Presentemente é membro do Conselho Nacional de Educação em Portugal e Curador da Biblioteca Demonstrativa em Brasília, Brasil. Publicou em 2006 um livro de poesia que incluía poesia haiku e desde então publicou mais nove livros sobretudo com poesia haiku. Participou e foi premiado em diversos concursos internacionais de poesia haiku e tem os seus textos traduzidos e publicados em antologias internacionais. Orienta com frequência workshops de haiku com crianças e adultos. É membro da World Haiku Association (Japão).
Resumo da comunicação e oficina de haiku
A sessão será iniciada com uma abordagem histórica e conceptual sobre o surgimento do haiku no Japão, o seu desenvolvimento e a sua expansão internacional. Serão exploradas as relações desta poesia com a poesia ocidental (Ezra Pound, Octavio Paz) e mencionada a influência que exerceu na poesia portuguesa, em particular em David Mourão Ferreira, Maria Teresa Horta e Albano Martins. Serão apresentados e comentados exemplos de haiku elaborados com regras e modelos distintos. Após esta apresentação, que se estima de cerca de 45 minutos, os participantes serão convidados a escrever um ou mais haiku. Estes poemas serão depois lidos e comentados.
7 de abril, 18h00, Casa Comum
The Digitalogy Silk Road: smart cities as connected digital oases
– Aula em inglês
Jun-Seok Hwang
Full Professor, Universidade Nacional de Seul, República da Coreia
Sobre Jun-Seok Hwang

Jun-Seok Hwang is Professor of Technology Management, Economics, and Policy Program at the College of Engineering of the Seoul National University, Korea; at the same university, he is Director of the Innovative Human Resource Development Education and Research Group for Smart City Global Convergence, Director of the Global R&DB Center, and Director of the International Technology Professional Program. He is also Director of ASEAN Smart City Professional Program, and Project Manager of EDCF Consulting Consortium for the Establishment of the Centers of Excellence for Adama Science and Technology University, Seoul, Korea. He was Assistant Professor of Syracuse University, Syracuse, NY, USA (2000-2003), then Assistant (2003-2005) and Associate Professor (2005-2010) of Seoul National University.
He has a B.S. in Mathematics, College of Science, Yonsei University, Seoul, Korea, a M.S. in Telecommunications, School of Engineering, University of Colorado, Boulder, CO, U.S., and a Ph.D in Information Science and Telecommunications, University of Pittsburgh, PA, U.S.
28 de abril, 18h00, Casa Comum
Do arroz à globalização gastronómica
Pedro Graça
Professor Associado da Universidade do Porto, Diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação
Sobre Pedro Graça

Pedro Graça é nutricionista, Professor Associado e Diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. Interessa-se por políticas públicas relativas a alimentação e nutrição e pela intervenção cívica, pedagogia e comunicação na área da alimentação saudável. Tem devotado, nestes últimos 30 anos, particular atenção à dieta mediterrânica e à sua preservação.
Resumo da comunicação
Por que razão gostamos tanto de arroz e somos o maior consumidor europeu per capita deste cereal? Que nos leva a esta improvável atração, nós que somos o país europeu mais afastado do Oriente? Será pelas razões nutricionais, históricas ou agrárias e de produção? A nutrição e a história andam juntas, mas nem sempre explicam todas as razões dos gostos alimentares de um povo.
5 de maio, 10h00, Casa Comum
A new community beyond the nation state
– Aula em japonês com tradução simultânea para português
Joon-kon Chung
Adjunct Professor, Universidade de Meiji, Tóquio, Japão
Sobre Joon-Kon Chung

Joon-Kon Chung has a Ph.D. in Political Science, Meiji University 1993, is Senior Researcher at Eurasia Foundation and Adjunct Professor at Meiji University. His main research areas are Comparative Politics, East Asian Politics, and Asian Community.
Major Publications:
Transformation and Characteristics of Democracy in Political Process after World War, Fujixerox Setsutaro Kobayashi Memorial Fund, 1991
Introduction to Korean Contemporary Politics. Co-authored; Ashi-Shobo, 2005.
On Korean Contemporary Politics. Co-authored; Ashi-Shobo, 2008.
Towards Creating an Asian Community. Co-edited; Ashi-Shobo, 2011.
Asian Community as seen from the World. Co-authored; Ashi-Shobo, 2015.
Contemplating Regional Integration in Asia—To Avoid War. Co-authored; Akashi-Shoten, 2017.
Understanding Contemporary Korean Politics. Co-authored; Ashi-Shobo, 2020.
Affiliation:
International Asian Community Studies Society
Resumo da comunicação
Today, in a society profoundly shaped by globalization, the role of sovereign nations is undergoing momentous changes. We are facing a situation in which existing nation states are nearly powerless by themselves, and the very idea of nations and individuals is being called into question.
The 2011 Great Eastern Japan Earthquake and the accompanying nuclear disaster, and the 2020 novel coronavirus pandemic have shocked humanity beyond imagination. These unprecedented experiences have highlighted problems in modern civilized society, and in the roles not only of individuals but of entire communities. Causing wide-spread risk and unimaginable harm, these natural and man-made disasters have given people around the world the opportunity to reflect on some fundamental issues. Crises occurring on a global scale, across national borders, have demanded a paradigm shift on matters such as the relationship between states and individuals, industry and life, the role of capitalism, and the meaning of human civilization and progress.
Doubts have been cast in the international community about the unconstrained decisions of sovereign nations within the framework of national borders. We are already experiencing how decisions made autonomously by sovereign nations within their own borders can have destructive consequences not only on the surrounding regions, but on the entire global village. We need to change the way we think about global issues such as disparity, poverty, environment, energy, food, human rights, security, and more. In this context, multilateral cooperation is vital, and can only be achieved on two conditions: creating an environment that welcomes open discussion and building relationships of mutual trust across all barriers.
Recent events have alerted people all over the world to the need for considering multilateral cooperation and solidarity beyond the nation state. Today, the time has come for us to change course, moving away from social structures, value systems, and ideas of society that pursue only economic efficiency while neglecting the environment and human life. Since its inception, humanity has sought to create a comfortable environment of freedom, equality, safety, and happiness, through innumerable trial and errors. We are now called upon to explore, along this same trajectory, a new form of community, a new way of living together.
From this vantage point, I would like to explore with you the new transnational, transethnic communities that the future will demand (such as Asian Community). In this lecture, we will consider the viewpoints, concepts, and necessity of these new communities from the perspectives of time, space, and people.
12 de maio, 18h00, Casa Comum
Representações do Quotidiano Chinês de Macau na Cultura Visual Vitoriana: a China Trade Art
Rogério Miguel Puga
Professor Associado com Agregação da Universidade Nova de Lisboa
Sobre Rogério Miguel Puga

Rogério Miguel Puga é Professor Associado com Agregação da NOVA FCSH, co-editor da colecção “Anglo-Iberian Studies” da Peter Lang e investigador no CETAPS, CHAM e CEAUL. É autor de artigos, capítulos e livros sobre relações anglo-portuguesas, literatura inglesa e história de Macau, de Goa e do Império Britânico.
Resumo da comunicação
A partir do final do século XVIII, Macau marca uma presença constante na China Trade Art e em representações da China, a par de Cantão e outras localidades próximas, uma vez que era a porta de entrada no delta do rio das Pérolas. Artistas europeus, incluindo o britânico George Chinnery, que faleceu em Macau, americanos e chineses representaram esteticamente o quotidiano chinês de Macau para o público ocidental. Esta palestra identifica os principais temas visuais e (proto-)etnográficos desse fenómeno, das comunidades flutuantes aos vendilhões das ruas do enclave.
19 de maio, 18h00, Casa Comum
A Ásia vista pelos europeus ao longo do tempo
João Paulo Oliveira e Costa
Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa
Sobre João Paulo Oliveira e Costa

João Paulo Oliveira e Costa é Professor Catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, coordenador da Cátedra Unesco “O Património Cultural dos Oceanos” e Investigador do CHAM – Centro de Humanidades.
Especializou-se em História das Civilizações Asiáticas e em História da Presença Portuguesa na Ásia, com especial destaque para o caso do Japão. Foi Presidente da Associação de Amizade Portugal- Japão (2000-2005) e foi condecorado com a Ordem do Sol Nascente pelo Imperador do Japão. É membro do conselho editorial da revista Oriente, publicada pela Fundação Oriente.
Autor de obras científicas e de romances históricos, realiza regularmente cursos sobre temas de História da Ásia para o Museu do Oriente.
Entre as suas principais obras, destacam-se “Portugal na História. Uma Identidade” (2022) e “História da Expansão e do Império Português” (2014), esta em colaboração com Pedro Aires de Oliveira e José Damião Rodrigues, além das biografias do infante D. Henrique (2009) e de D. Manuel I (2007). Dos romances que publicou, refira-se especialmente a trilogia “O Samurai Negro” (2016-2019).
Resumo da comunicação
Desde o tempo dos gregos que a Europa se relacionou com os povos da Ásia, fossem as populações da Ásia Ocidental (Anatólia, Palestina, Mesopotâmia, Pérsia e Arábia), fossem as civilizações mais distantes da Índia e mesmo da China. Desde cedo que o luxo asiático foi cobiçado pelos europeus e o Império Romano manteve um comércio intenso com a Ásia das monções que se repercutia até à China. A intermediação muçulmana afrouxou as relações directas entre o Mediterrâneo e a Ásia do Sul e o Extremo Oriente, mas a abertura da Rota do Cabo pelos portugueses possibilitou finalmente o acesso direto de europeus a toda a Ásia marítima e a aprendizagem das civilizações do Velho Mundo Oriental. Nesta apresentação, iremos acompanhar as principais etapas deste processo milenar.
21 a 25 de julho, Casa Comum e Pátio do Museu de História Natural e da Ciência
SEMANA DA CULTURA ASIÁTICA
Cinema
David Pinho Barros
Professor Auxiliar da Universidade do Porto
Música
Música do Oriente e do Ocidente – uma abordagem comparativa
Lu Yanan
Concertista (guzheng e pipa), Professora do Instituto Confúcio
Sobre Lu Yanan

Lu Yanan é natural de Pequim, onde se licenciou em Música pelo Conservatório Central de Música da Universidade de Pequim em 1990, tendo feito a sua pós-graduação em 1995.
Foi solista instrumental (em pipa) da Orquestra Filarmónica da China em Henan entre os anos de 1997 e 2004.
Integrou, nas cidades de Pequim e Xangai, vários grupos académicos dedicados à pesquisa e desenvolvimento de novos sistemas musicais, com a finalidade de incutir na música tradicional chinesa uma renovada vitalidade.
Em 2000, foi convidada para dar vários recitais a solo na Finlândia, atuando em diversas cidades ao longo de dois meses.
Na Exposição Mundial de Xangai 2010, realizou um concerto no Pavilhão de Portugal (o chamado pavilhão da cortiça) com o flautista Rão Kyao. Participou em diversos programas e galas televisivas, e apresentou-se em concerto com reconhecidos artistas como Dulce Pontes, Paulo Gonzo e a Banda da Armada. Realizou dezenas de concertos de norte a sul de Portugal continental, com destaque para o Centro Cultural de Belém e a Fundação Gulbenkian, em Lisboa, mas também nas ilhas Terceira, Pico e S. Miguel, nos Açores, tendo participado também como concertista em receções oficiais e datas solenes organizadas pela Embaixada da China em Portugal.
Recentemente, participou com diversos outros artistas na gravação da música do bailado “A Trança Feiticeira”, composta por Rão Kyao.
Licenciada em Literatura Chinesa pelo Colégio Central da Universidade de Pequim em 1999, Lu Yanan é, ainda, professora de mandarim na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e no Instituto Confúcio do Porto.
As relações Portugal-China, através de Macau; a música tradicional chinesa e respetivo instrumental
Énio de Souza
Investigador do Instituto de Etnomusicologia (INET-md) da Universidade Nova de Lisboa
Sobre Énio de Souza

Enio de Souza é mestre em Estudos Asiáticos pela Universidade Católica Portuguesa e atualmente prossegue estudos de doutoramento em Etnomusicologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi responsável pela organização e coordenação do Serviço Educativo do Museu do Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa (1999-2019). O seu interesse na área da investigação relaciona-se com música e instrumentos musicais chineses; políticas e infraestruturas culturais em Macau nas décadas de 80 e 90 do século passado. Tem participado em diversas reuniões científicas nacionais e internacionais, cursos sazonais e workshops sobre música e instrumentos musicais chineses no âmbito da Etnomusicologia e da Musicologia Histórica. Publicou alguns artigos sobre música e instrumentos musicais chineses. A sua dissertação de mestrado – Instrumentos Musicais Chineses – Coleção do Museu do Centro Científico e Cultural de Macau/Lisboa – foi premiada pelo Instituto Internacional de Macau após a sua publicação em abril de 2018. É, também, responsável pela organização das seis edições (2016 a 2023) da Lisbon Conference: Chinese Music and Musical Instruments. Em 2018 e 2023, organizou a 21st / 24th conference CHIME – European Foundation for Chinese Music Research, decorrida em Lisboa/Mafra. Em 2022, foi o comissário da exposição Instrumentos Musicais Chineses, patente ao público no Palácio Nacional de Mafra entre 7 de julho de 2022 e 15 de maio de 2023. É membro do International Council for Traditional Music and Dance, e membro do CHIME Coordinating Committee, da European Foundation for Chinese Music Research (CHIME).
Ilustração/Novelas gráficas
Conferencista a revelar