Fronteiras XXI (II) – Religião e Liberdade [RTP]

Título – Fronteiras XXI (II) – Religião e Liberdade (Frontiers XXI (II) – Religion and Freedom)
Autor – RTP
Palavras-chave – religiãoliberdadedebate, Portugal (religion, freedom, debate, Portugal)
Tema – Religião

Programa disponível em https://www.rtp.pt/play/p4259/fronteiras-xxi

Religião e Liberdade | 05 Dez, 2018 | Episódio 10

Portugal é considerado um dos países do mundo onde a lei dá mais liberdade às diferentes religiões. Oficialmente estão registadas mais de 830 confissões no país, das quais 80 já podem até celebrar casamentos com equivalência civil.
Há cada vez menos católicos e não para de crescer o número de pessoas que se dizem crentes, mas sem religião. São sobretudo portugueses urbanos, mais novos e com mais estudos.
Outras confissões estão a ganhar seguidores, como os budistas e surgem novas igrejas, como a evangélica Hillsong com concertos pop rock, que atraem cada vez mais jovens, desencantados com as igrejas tradicionais. Mas, se nas escolas públicas já se aprende a moral evangélica, nos hospitais, nas prisões ou entre os militares falta ainda regulamentar a assistência religiosa de capelões não católicos.
Neste programa queremos perceber o que faz de Portugal um caso raro de tolerância na Europa e que mudanças se podem esperar no futuro. Em debate estarão o arcebispo e poeta José Tolentino Mendonça, a socióloga especialista em religião Helena Vilaça e o escritor Bruno Vieira Amaral. A moderação do Fronteiras XXI é da jornalista Ana Lourenço. Programa mensal, com emissão prevista nas primeiras 4ªs feiras de cada mês, produzido no Teatro Thalia em Lisboa, e em cooperação com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Stephen Hawking: o desafiador de limites

Título – Stephen Hawking: o desafiador de limites  – Stephen Hawking – the challenger of boundaries 
Autor – Bruno Nobre
Palavras-chave – ciência, história da ciência (science, science history)
Tema – Religião, Ciência

O exemplo de Hawking é inspirador, sem dúvida, para quem enfrenta a doença na primeira pessoa.   Ao mesmo tempo, a vida desafia-nos a não desistir de lutar por uma sociedade onde os frágeis possam ter um lugar.

Artigo publicado em Ponto SJ, a 17 de Março de 2018.

Na passada quarta-feira, dia 14 de março, a internet e os meios de comunicação ofereceram uma longa ovação a Stephen Hawking, o físico Britânico que enfrentou com inspiradora bravura os obstáculos que a doença colocou no seu caminho. Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica aos 21 anos, Hawking superou em mais de cinquenta anos a escassa esperança de vida que a medicina antecipava.

Hawking foi um homem em muitos aspetos excecional, e a tenacidade com que enfrentou a doença não é certamente o menor deles. Hawking foi capaz de fazer muito com pouco. É justo dizer que aproveitou ao máximo a sua vida, superando de forma improvável as limitações que a doença lhe foi impondo. Hawking não foi apenas um sobrevivente. Confinado à exiguidade de uma cadeira de rodas, soube aproveitar a sua vida ao máximo e fez render de forma extraordinária as capacidades que a doença não conseguiu roubar-lhe. O astrónomo Britânico Martin Rees captou de forma precisa o espanto e a admiração de todos nós: «Que triunfo foi a sua vida!». Paradoxalmente, a figura frágil do físico genial que sucedeu a Newton na sua cátedra e rivaliza com ele na popularidade, parecia-nos imortal: Hawking tornou-se um cidadão perene do nosso imaginário comum. A sua memória permanece como precioso estímulo para todos aqueles, e são tantos, que convivem com as limitações impostas pela doença. É possível fazer muito com pouco! A improvável longevidade de Hawking, e a fecundidade inspiradora da sua vida, são mérito próprio. Seria injusto, no entanto, não reconhecer que Hawking não poderia ter chegado tão longe sem toda a ajuda médica e tecnológica que ao longo dos anos foi recebendo. O exemplo de Hawking é inspirador, sem dúvida, para quem enfrenta a doença na primeira pessoa. Ao mesmo tempo, o exemplo da sua vida desafia-nos a não desistir de lutar por uma sociedade onde os frágeis possam ter um lugar.

Epistemic Insight

Epistemic Insight é um grupo que se dedica à investigação sobre conhecer o conhecimento científico e às relações entre a epistemologia e a educação, com forte relevância interdisciplinar. Investigadores da Universidade do Porto colaboram com este grupo.
Mais informações podem ser consultadas na seguinte ligação: http://www.epistemicinsight.com/.

LASAR – Learning About Science and Religion

LASARLearning About Science and Religion trata-se de um site britânico que resulta do “Faraday Institute for Science and Religion”, Cambridge e que, de alguma forma, investiga e divulga a tese de que ciência e religião podem conciliar-se e dialogar.
Tal pode consultado na seguinte ligação: http://lasarcentre.com/.