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Artigo
Publicado em 4/2/2013 por Nuno Francisco*

A tatuagem existe há mais de 3500 anos e sempre foi considerada uma forma de comunicação e expressão do corpo. Começou no período Neolítico, tendo-se encontrado uma múmia natural, na fronteira entre Itália e a Áustria, denominado Otzi, o Homem do Gelo.

Antigamente, nas aldeias tribais, as tatuagens representavam momentos da vida – Figura 1 - (nascimento, a reprodução, a puberdade e funções específicas como a de guerreiro).

Figura 1 - Chege Maori em 1880

Nos séculos XIX e XX, a tatuagem tornou-se um símbolo de marginalidade, com as famosas tatuagens de presidiários (figura 2), as quais, algumas vezes, mostravam o próprio crime cometido. As mais cruéis identificavam os prisioneiros do campo de concentração nazi de Auschwitz.

Figura 2 - Tatuagem de um presidiário

Atualmente, a tatuagem foi-se tornando popular, não sendo só um símbolo de bandidos e gangues. Os desenhos ficaram cada vez mais perfeitos com cores e traços bem delineados. 

No futuro até pode ser um meio de diagnóstico como é o caso da tatuagem aplicada a diabéticos, onde a mudança de cor do pigmento acusa a falta ou o excesso de glicose no sangue.

Alguns tipos de tatuagens

Realista: desenhos que imitam o mundo real, como mulheres, pássaros e personalidades.

Estilizada: como o próprio nome já diz, são desenhos com um estilo próprio.

Tribal: desenhos em preto ou colorido com motivos tribais. Podem ser desenhos de tribos norte-americanas, maias, incas, astecas, geométricas ou abstratas.

Oriental: trabalhos grandes, geralmente de corpo inteiro, como um painel. Os desenhos são com motivos orientais, como samurais, gueixas e dragões.

Religiosa: trabalhos com personagens bíblicos, como um santo, uma cruz.

Foto: Flickr/Philo Nordlund

Imagens: Wikipédia 

*Este artigo foi desenvolvido no âmbito da disciplina de "Divulgação Científica", pertencente ao Doutoramento em "Divulgação e Educação das Ciências", da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Integra o concurso "Sangue, Arte e Ciência: uma relação criminosa?", o primeiro da série de passatempos subordinados ao tema "Uma Ideia para Ler".

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