Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando o cérebro ou parte dele deixa de receber o fluxo sanguíneo normal, provocando isquémia do tecido que culmina em danos neurológicos. Os neurónios são as células mais vulneráveis e não conseguem resistir à falta de oxigénio e de glicose. Morrem!
Existem diversos estudos feitos com o objetivo de descobrir compostos neuroprotetores que consigam impedir a morte destes neurónios isquémicos… Mas até à data não existe sucesso comprovado, sendo que a única estratégia terapêutica usada neste momento é o restabelecimento do fluxo sanguíneo à área afetada. Daí ser importantíssimo que o tratamento ocorra o mais rápido possível após um AVC.
Quando os neurónios não conseguem resistir a um AVC e morrem, as funções que eles desempenhavam perdem-se. Mas nem sempre irremediavelmente! Outros neurónios que não sofreram isquémia conseguem “remodelar-se” assumindo as funções perdidas. Chama-se a este fenómeno neuroplasticidade.
Sabe-se que neurónios que sofreram um acidente isquémico transitório (mini-AVC), isto é, sem consequências neurológicas (muitas vezes nem são detetados) resistem melhor pois sofreram condicionamento ativando vias de sinalização protetoras e vantajosas em caso de novo AVC.
Investigadores de diversos laboratórios estudam o mecanismo da morte e recuperação dos neurónios após um AVC, tentando compreender os segredos do cérebro. Pensa-se que aí reside a resposta para uma terapia mais eficaz…
Consultora científica: Sofia Duque Santos, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC)
Respostas (2)
minha tia teve avc e esta na uti ela acordou depois que foram retirados os sedativos porem ela nao consegue respira sem ajuda de aparelho algue pode fala comigo sobre esses casas? estou muito preocupada .