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Publicado em 22/12/2014 por Joana Gonçalves

Uma equipa de investigadores das universidades de Coimbra e Aveiro e do Instituto Politécnico de Viseu recorreu a modelos virtuais para testar o funcionamento de diferentes tipos de rotundas. O projeto, que visa aumentar a segurança e diminuir o impacto ambiental termina no final deste ano.

"Estes modelos de simulação permitem representar o ambiente rodoviário real. Torna-se assim possível testar o funcionamento de diversas soluções rodoviárias antes de estas serem concretizadas", explica em entrevista ao Ciência 2.0 Ana Bastos, coordenadora do projeto e investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

"Os simuladores estão incorporados num software que representa o comportamento dos veículos e dos seus condutores", através da inserção de fatores como a variabilidade comportamental, velocidade, taxa de aceleração e tempos de reação.

A equipa adaptou o modelo espanhol Aimsun (um dos modelos de referência mundial) para a realidade da rede viária nacional no âmbito do projeto Around.

A especialista explica que com os modelos virtuais se pode inferir tudo aquilo que seja necessário. "Numa simples transformação de uma rotunda existente numa rotunda de maior dimensão, com mais vias, podemos prever qual o impacto que terá quer em termos de aumento de capacidade, quer em termos de potenciais acidentes e de emissões ambientais", refere.

Através desta tecnologia é também possível prever o que vai acontecer em situações novas, que não existam em Portugal. Ana Bastos dá o exemplo da turbo-rotunda (rotunda em que se canalizam os veículos desde a entrada à saída, de forma contínua, evitando entrecruzamentos no anel de circulação), em Coimbra. "Os modelos virtuais foram a a única forma de podermos testar essa situação pioneira", indica.

No futuro, Ana Bastos pretende incluir no simulador questões ligadas aos peões e aos ciclistas, como a colocação das passadeiras. "São dois utilizadores que, hoje em dia, até pelas questões ambientais, estão a tomar cada vez maior proporção nas redes urbanas e que ainda não estão devidamente estudados", salienta Ana Bastos.

 

Foto: ©flickr/Matthew

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