O Olhar de...
- Engenheiro português
- Membro da primeira geração de graduados do The Magellan MBA, distinguido com o Magellan MBA Award, destinado ao estudante que mais se destacou na edição inaugural do programa de formação avançada leccionado na EGP – UPBS: University of Porto Business School (2008 – 2009)
- Antigo Estudante da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) com Licenciatura em Engenharia Civil (2003) e Especialização em Vias de Comunicação (2004)
- Que principais memórias guarda da sua experiência enquanto estudante da U.Porto? Há algum episódio que se destaque da experiência que viveu/vive na Universidade?
Da Universidade do Porto guardo algumas das melhores memórias da minha vida. Para além de ter lá adquirido a grande maioria dos conhecimentos que suportam a minha actividade profissional, foi na U.Porto que conheci a maior parte dos meus grandes amigos. Relembro com a mesma saudade os momentos de árduo trabalho solitário ou de grupo e os momentos de diversão e camaradagem que fazem também parte de um percurso académico profícuo. Encontrei na UP uma comunidade académica de competência superior e, ao mesmo tempo, de um espírito de entreajuda notável e cada vez mais raro nestes tempos marcados pela hiper-competição. Da minha experiência na U.Porto destaco naturalmente a eleição, pelos meus colegas, para o Magellan MBA Award, que me distinguiu simultaneamente pelo meu percurso académico e pelas minhas qualidades humanas e de relacionamento com os meus pares. Por ser um prémio que qualquer um dos meus colegas teria merecido tanto ou mais que eu, é uma distinção que me enche, simultaneamente, de orgulho e de responsabilidade.
- Qual a importância da U.Porto no seu percurso académico e profissional?
Ao nível da formação, sinto que a U.Porto me dotou de sólidos conhecimentos dos quais hoje em dia tiro partido para desempenhar as minhas funções com a máxima eficácia e produtividade. Do ponto de vista profissional, sinto que a marca "U.Porto" tem um peso significativo no mercado de trabalho, estando-lhe associada uma imagem de qualidade e credibilidade que abre portas a todos aqueles que lá fizeram a sua formação.
- Como avalia o papel desempenhado pela Universidade no seio da comunidade (cidade, região, país) e de que modo ele se poderá projectar para os próximos 100 anos?
É minha profunda convicção que cabe às Universidades um papel central no desenvolvimento das comunidades em que se inserem. E isto não resulta apenas do conhecimento que absorvem, criam e depois disseminam na sociedade. Numa primeira fase, uma dada cidade, região ou país beneficiam de uma universidade pela capacidade que estas normalmente demonstram para atrair talento, dinamizando a economia local. No entanto, é após a valorização deste talento pela universidade que se coloca o mais importante dos desafios, que passa pela capacidade de retenção e rentabilização de um valioso conjunto de recursos humanos altamente qualificados, essenciais para que uma sociedade consiga criar e manter de forma sustentada a vantagem competitiva que lhe permita assegurar a todos os seus membros uma melhor qualidade de vida. E embora entenda que este desafio deve obrigatoriamente ser assumido em conjunto pela comunidade académica e não-académica, acredito que pode ser a primeira, no seu próprio interesse, a tomar a liderança e a iniciativa na resposta. A Universidade do Porto,sendo a mais procurada pelos candidatos ao Ensino Superior e a preferida dos alunos com as mais altas classificações, atraindo cerca de 2.000 alunos estrangeiros por ano e estabelecendo parcerias com as maiores empresas nacionais, tem desempenhado um papel fundamental no seio da comunidade em que se insere.
- Que caminho deverá ser percorrido para afirmar cada vez mais a Universidade no contexto regional, nacional e internacional? Como prevê o papel de uma Universidade do Porto daqui a 100 anos?
O caminho a percorrer passa sem dúvida pelo reforço contínuo da qualidade de ensino na Universidade, que só terá a ganhar com o fomento de uma imagem de rigor, excelência e exigência. Só através da formação contínua de profissionais de excelência conseguirá a UP reforçar o prestígio de que actualmente dispõe na comunidade, afirmando-se cada vez mais no contexto nacional e internacional. Por outro lado, penso ser de inquestionável importância o alargamento das parcerias com algumas das maiores empresas nacionais e internacionais, com vista à criação de valor real pela inovação e transferência de conhecimento do interior para o exterior da universidade. Num período em que escasseiam os financiamentos estatais, só desta forma poderá a U.Porto ver consolidada a sua posição de liderança na produção de ciência em Portugal, essencial para a manutenção do seu prestígio nacional e internacional. Reforçando-se no futuro a dependência do talento dos recursos humanos numa determinada instituição para a manutenção da sua vantagem competitiva, a UP terá ao longo dos próximos 100 anos um papel cada vez mais relevante no desenvolvimento da comunidade a si associada.
- Mensagem alusiva aos 100 anos da Universidade do Porto.
Na celebração dos 100 anos da Universidade do Porto, quero aproveitar a oportunidade para felicitar todos os que dela fazem ou fizeram parte. Uma Universidade é construída pelas pessoas que ajudou a construir. Tendo em conta os resultados atingidos em 100 anos, estamos sem dúvida todos de parabéns. Mas porque é sempre possível fazer melhor, e de acordo com a cultura de exigência que se respira na U.Porto, estou certo que as "suas" pessoas estarão cada vez mais empenhadas em continuar a elevar o nome da "sua" Universidade. Pelo menos nos próximos 100 anos!
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